Dizem que o empate, em algumas circunstâncias, é um bom resultado. Mas, neste Catarinense, não tem sido positivo para o Cidade Azul. Em trezes jogos disputados até agora, a equipe de Tubarão, no Sul do Estado, empatou oito — sendo dois resultados foram com oito gols.

No primeiro empate em casa, no 2 a 2 com o Metropolitano, na terceira rodada do turno, o Cidade Azul ficou marcado por uma situação que o acompanha por todo o campeonato, a de estar em vantagem e ceder a igualdade na segunda etapa, principalmente após os 40 minutos. Neste domingo, tem a chance, justamente contra o Verdão, de terminar com esta sina.

Nesse confronto a equipe comandada pelo então técnico Joceli dos Santos vencia por 2 a 0, mas deixou o Metropolitano empatar. Isso aconteceu também nos empates em 3 a 3 com o Figueirense, 2 a 2 com a Chapecoense e 4 a 4 com o Criciúma. Somente no 3 a 3 com o Brusque, jogando no Estádio Domingos González, é que o Cidade Azul estava atrás no marcador e conseguiu o gol de empate.

Esse mal da "empatite" só não é maior que a quantidade de gols do placar. Nos jogos contra Criciúma e Juventus foram oito gols. Detalhe: o rei dos empates ainda não ficou no 0 a 0 e corre de forma desesperada atrás da primeira vitória no Estadual.

— O Cidade Azul começou o campeonato um pouco desorganizado e também faltou estrela. O time parecia o Rubinho Barrichelo que corria bem, mas quebrava no final. Felizmente já começamos a reparar os erros do passado — disse o diretor de futebol Roberto Luís Rodrigues.

Na segunda rodada do returno, em Tubarão, o Cidade Azul jogou bem e fez 2 a 0 no Marcílio Dias ainda no primeiro tempo. A torcida já comemorava a primeira vitória quando, após os 30 minutos da segunda etapa, dois pênaltis convertidos pelo Marinheiro de Itajaí decretaram mais um empate e a saída do técnico Alexandre Pandóssio.

Alheio ao modo como se formou a campanha até agora, o técnico Arnaldo Lira, que vai estrear neste domingo, faz um análise cuidadosa dos empates cheios de gols.

— O ataque funcionou bem, mas o time não conseguir segurar lá atrás então é ali que a coisa precisa melhorar — analisou Lira.

Metrô em busca do 100º gol

Se fizer um gol contra o Cidade Azul, o Metropolitano irá fazer o centésimo gol primeira divisão do Campeonato Catarinense. Mas não é a marca que interessa ao clube. O time quer mesmo é balançar a rede e vencer, para entrar na briga pelo título do returno e não ficar para trás na classificação geral.

Atualmente, o Metropolitano é o quarto colocado, atrás de Criciúma, Figueirense e Avaí, posição que garante vaga na Série C do Brasileirão. O técnico César Paulista ainda não definiu a equipe. A grande dúvida está na frente, entre Aldrovani e Fábio Buda. Sílvio Bido, que vinha sendo improvisado como volante, assume o lugar de Rodrigo na zaga.

No meio, Jean estava apto para voltar, mas sofreu um corte no supercílio e depende do departamento médico. David e Maricá brigam por uma vaga no setor. Se Jean não tiver condições, jogam os dois.