A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, viajou hoje a Caracas para assinar uma série de acordos com seu colega venezuelano, Hugo Chávez, e seguir de perto a crise diplomática vivida entre Colômbia e Equador.

Poucas horas antes de partir, a governante rejeitou energicamente a incursão do Exército colombiano em solo equatoriano.

— Acho que é importante a condenação unânime à violação da soberania territorial, que não pode ter nenhum pretexto. Não pode haver nenhuma causa — disse ela à Rádio Mitre de Buenos Aires.

Fontes oficiais disseram hoje que existe a possibilidade de que a governante argentina mantenha uma reunião bilateral com seu colega do Equador, Rafael Correa, ao chegar esta noite na capital venezuelana.

Ela conversou por telefone tanto com Chávez e Correa como com os presidentes da Colômbia, Álvaro Uribe, Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e Chile, Michelle Bachelet, sobre a crise aberta na região após a incursão colombiana em território equatoriano, informaram fontes oficiais.

No marco de uma visita a Caracas, que tinha sido programada antes da explosão deste conflito, a governante assinará na quinta-feira com Chávez uma série de acordos para potenciar a troca de energia venezuelana por alimentos e manufaturas industriais argentinas vinculadas ao setor agropecuário.

Além disso, ela se reunirá com a senadora colombiana Piedad Córdoba e com Yolanda Pulecio, mãe da ex-candidata presidencial da Colômbia Ingrid Betancourt, refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) há seis anos.

Na mesma quinta-feira a governante viajará para o Haiti para visitar as tropas argentinas que se encontram ali em missão de paz e posteriormente se dirigirá à República Dominicana, onde na sexta-feira acontecerá a XX Cúpula do Grupo do Rio.

A comitiva que acompanha Fernández na viagem é integrada pelos ministros das Relações Exteriores, Jorge Taiana, Planejamento, Julio de Vido, e Defesa, Nilda Garré, entre outros funcionários.