| 03/02/2008 02h24min
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciaram que libertarão os ex-congressistas colombianos Gloria Polanco de Lozada, Luis Eladio Pérez e Orlando Beltrán. Eles fazem parte do grupo de reféns passíveis de troca que estão em poder da guerrilha.
A entrega seria feita na Colômbia diante do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, da senadora colombiana Piedad Córdoba ou "por intermédio de seus delegados e em território colombiano", indica um comunicado assinado pelo Secretariado do Estado-Maior Central das Farc, recebido ainda neste sábado pela emissora de televisão Notícias "Uno".
O anúncio não especifica a data da anunciada libertação e também não menciona se a Cruz Vermelha Internacional participaria da operação.
Datado de 31 de janeiro de 2008, o comunicado informa que para garantir "o sucesso desta gestão e prevenindo os riscos que a cercarão", a guerrilha organizará os mecanismos necessários com tempo
suficiente.
O documento, que contém seis pontos,
acrescenta que a ação é conseqüência direta de Chávez e de outros Governos de países amigos, na busca de soluções políticas para "a crise humanitária e ao conflito que dilacera a Colômbia e que afeta todo o continente".
As Farc reiteram que o acordo humanitário é a "única forma de conseguir a liberdade de todos os prisioneiros de guerra", e qualificam de "infame e humilhante" a "ingerência do Governo dos Estados Unidos" nos assuntos internos colombianos.
Ao contrário de outras vezes, nesta ocasião os rebeldes não pedem a desmilitarização dos municípios colombianos de Pradera e Florida, no Valle del Cauca, para iniciar o diálogo sobre o acordo humanitário.
Pérez, Polanco e Beltrán fazem parte dos 44 seqüestrados que a guerrilha qualifica de passíveis de troca e que foram capturados em diferentes operações em 2001.
No dia 10 de janeiro, após a mediação do presidente venezuelano, foram libertadas a ex-candidata à vice-presidência da
Colômbia Clara Rojas e a ex-parlamentar Consuelo
González. Atualmente, o grupo tem em seu poder 44 políticos, soldados, policiais e americanos que deseja trocar por cerca de 500 rebeldes presos.
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