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O Fundo Monetário Internacional (FMI) deu mais folga nas metas de inflação e da dívida pública para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva no próximo ano. O futuro presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, declarou nesta quinta, dia 19, que uma das primeiras decisões da nova equipe econômica será manter ou não a atual meta de inflação para 2003. O BC estabelece uma meta interna para o país, que não precisa ser necessariamente igual à acordada com o FMI.
Foi concluída a primeira revisão do acordo do Fundo com o Brasil, que garante o repasse da parcela de US$ 3,1 bilhões, do empréstimo de US$ 30,7 bilhões. As metas de inflação foram todas elevadas em dois pontos percentuais. Para dezembro, admitia-se taxa de até 6,5%, com margem de 2,5 pontos percentuais – ou seja, poderia chegar a 9%. Na nova versão do acordo, o indicador será de 8,5%, podendo chegar a 11%. Os valores referem-se ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A alta do câmbio também fez crescer, além do previsto, a dívida do setor público consolidado. Descumprir esse dado, no entanto, não tem implicações graves como no caso da inflação. A meta para dezembro, de R$ 839 bilhões foi elevada para R$ 895 bilhões. Para junho, são R$ 905 bilhões, e setembro, R$ 930 bilhões.
Meirelles explicou que a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o próximo ano poderá ser alterada em janeiro. O objetivo para o próximo ano é de 4%, podendo chegar até 6,5%. A partir da reavaliação, o Comitê de Política Monetária (Copom) terá autonomia para implementar a meta estabelecida, disse o futuro presidente do BC.
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