| 16/01/2008 21h39min
A Igreja Católica da Colômbia contatou as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para negociar uma "zona de encontro", que deve servir de sede para as tratativas de um acordo humanitário sobre os seqüestrados, revelaram nesta quarta-feira porta-vozes do Episcopado em Bogotá.
— Entramos em contato com os rebeldes e estamos seguindo adiante com uma discrição que é fundamental nesses casos — disse o presidente da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Luis Augusto Castro, na saída de um encontro com o Conselho Gremial Nacional (CGN) das associações empresariais do país.
A autoridade eclesiástica, que também é bispo da cidade de Tunja, encontrou-se com o secretário-geral da CEC, Fabián Marulanda, em reunião realizada no norte de Bogotá, na sede da Associação Nacional de Empresários. Castro e Marulanda informaram o CGN sobre a iniciativa da "zona de encontro" que a CEC e a Comissão de Conciliação Nacional (CCN, criada pelo Episcopado) apresentaram em dezembro
do ano passado ao
governo do presidente Álvaro Uribe.
Uribe disse que a CEC e a CCN sugeriram a autorização de uma "zona de encontro", na qual o Executivo e as Farc continuariam com as negociações de um acordo humanitário que permita a libertação de 44 seqüestrados em troca de 500 guerrilheiros presos. A região deve ter cerca de 150 quilômetros quadrados, localizados em um território rural onde não existam postos militares ou policiais e, preferencialmente, sem população civil ou com o mínimo de habitantes, segundo o dirigente colombiano. Uribe disse, também, que "o território deve ter a presença de observadores internacionais".
O presidente da CEC comentou hoje à imprensa que se sente muito agradecido com o apoio dado pela Igreja para que a proposta siga adiante.
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