| 08/01/2008 07h47min
A oposição de direita nacionalista israelense e colonos judeus devem promover hoje, 24 horas antes da chegada a Israel do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, duas manifestações contra o governo do primeiro-ministro Ehud Olmert.
A razão dos protestos é a disposição de Olmert de transferir territórios da Judéia e Samaria bíblicas (Cisjordânia ocupada) para o estabelecimento de um estado palestino. Áreas de Jerusalém Oriental também seriam incluídas na negociação.
O presidente americano, que começará por Jerusalém uma viagem de oito dias pelo Oriente Médio, chegará amanhã à cidade, onde passará 48 horas. Seu objetivo é apoiar as negociações de paz entre israelenses e palestinos.
A primeira manifestação, organizada pela organização Uma Jerusalém, do ex-ministro Natan Scharansky, foi marcada para a tarde desta terça-feira junto à muralha da cidade antiga. Ela contará com a presença do ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, líder do Partido
Likud e chefe da oposição.
Os manifestantes protestarão contra a divisão de Jerusalém, onde vivem cerca de 250 mil palestinos, um terço da população. Uma lei parlamentar de 1980 declarou a cidade "capital indivisível e eterna do povo judeu e do estado de Israel".
Calcula-se que mais de 10 mil policiais e agentes secretos protegerão Bush de amanhã até sexta-feira em Jerusalém e na Galiléia, no norte do país. Ativistas de direita e colonos israelenses também se concentrarão esta tarde em frente ao estacionamento de Har Homah, no sudeste do distrito de Jerusalém. Eles vão protestar contra Olmert, que paralisou todas as construções nas colônias da Cisjordânia e pretende evacuar as ilegais.
Alguns colonos que participarão da manifestação sairão de Har Homah em caminhões carregados com materiais de construção para uma operação destinada a expandir os enclaves, criados sem a permissão do governo, e criar bases para novas ocupações.
As forças de segurança acreditam que os
extremistas também tentarão bloquear as ruas
por onde deve passar a comitiva de Bush durante a visita. Alguns podem se dirigir ao Monte do Templo e às esplanadas de Haram al-Sharif, onde estão as mesquitas sagradas dos palestinos.
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