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Um conselho integrado por 90 representantes de trabalhadores, empresários, organizações religiosas e outros segmentos da sociedade será o elo entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a população para definir quais e quando serão feitas as principais reformas do país. Nenhum dos conselheiros receberá salário e as nomeações serão feitas pelo próprio presidente da República.
A proposta consta do projeto de criação da Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico e Social, entregue nesta quarta, dia 18, a Lula pelo ex-prefeito de Porto Alegre Tarso Genro. Na conversa, Lula pediu a Tarso uma série de ajustes na formatação do texto para que a proposta fosse mais voltada para o social do que para o desenvolvimento econômico. As mudanças foram feitas imediatamente e antes do final da tarde a proposta final da nova secretaria já estava nas mãos de Lula.
Desde a semana passada, quando se reuniu pela primeira vez com Lula para tratar da criação da nova secretaria, Tarso passou a ser cogitado para assumir o cargo de secretário especial do Desenvolvimento Econômico e Social. Nesta quarta, depois do novo encontro com o presidente eleito, o ex-prefeito voltou a negar qualquer convite, mas não descartou a possibilidade.
– A única missão que Lula me deu foi a de construir este projeto, e eu já me desincumbi da tarefa. Não houve e não há nenhum convite para assumir qualquer função relacionada a isso – desconversou Tarso.
Tarso batizou o projeto por ele executado de "proposta de concertação social e de desenvolvimento econômico", o que, segundo ele, não se resume a um pacto social entre empresários e trabalhadores.
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