| 12/12/2007 03h46min
A atrasada fortuna de R$ 32 milhões da venda de Lucas e Carlos Eduardo chegou ao Olímpico como um feliz Natal antecipado e foi festejada como se fosse um título. Não como o de Tóquio, que ontem mereceu torta, foguetes, abraços, lembranças e lágrimas e promessas emocionadas de retorno. O passado é o mais fiel companheiro do fã do futebol. O que passou está escrito, a borracha não apaga e o amanhã tem várias divisões.
O dinheiro sempre acerta contas antigas e abre novas. Reserva assento num Boeing, longe das asas, e conduz os dirigentes gremistas à Europa. É na milionária abertura da janela européia de contratações de final de ano que o tricolor espera descobrir o centroavante, a contratação mais cara do primeiro semestre. O nome do gol será pago em euros. Gols valem seu peso em ouro.
A reabertura dos negócios também motiva o presidente Paulo Odone e o seu grupo, que vêem na saída do desmotivado Ronaldinho, do irritado Barcelona, a oportunidade de levantar mais alguns
milhões de euros.
O
Grêmio tem 5% do valor da venda do atacante formado nas categorias de base do clube. Imagine se as cifras alcançarem 80 milhões de euros ou mais.
Outro negócio que deixa o Grêmio otimista é a contratação de Diego Souza, do Benfica. Na Europa não o querem porque ainda não conhecem o jogador. No Brasil, o São Paulo é candidato forte e ativo pelo meia e agora tem trancados no seu cofre os R$ 31 milhões da venda do zagueiro Breno, 18 anos, ao Bayern, de Munique. Odone tem ao seu lado Carlos Leite, agente do jogador. Leite é parceiro em outros negócios, terá mais por certo, quer ajudar e conhece investidores.
Como Saja está definitivamente fora dos planos, só volta ao futebol em abril, custa caro e não é unanimidade, Marcelo assume a número 1. O Gauchão é o seu novo campo de testes. Os profissionais que trabalham com os goleiros de azul vivem elogiando o potencial de Marcelo. Se chegar, o novo goleiro deve disputar a posição com o novo titular. Não será um
Saja.
Os rejeitados
Ouvi da voz de Giovanni Luigi, não lembro o dial da rádio. Dos 10 jogadores emprestados que retornam, o Inter não quer nenhum e não adianta insistir. Nem os menos, nem os mais experientes, estejam eles de cabeça nova, pensando diferente ou não. O grupo que viaja a Dubai é tão qualificado que não cabe mais ninguém.
Entre todos, Cleiton Xavier foi o de melhor média. Ele merecia uma chance pelo que jogou no Figueirense, mas quer ficar em Florianópolis. É meia, tem qualidade e poderia ser útil como opção no banco. A temporada é longa, irregular e imprevisível.
Outro jogador que volta à Capital, exibindo postura diferente e pedindo uma nova oportunidade, é o ala Chiquinho. A ex-promessa perdeu a cara de guri, tem 24 anos e não fez nada de muito especial no Palmeiras e no Goiás nas últimas duas temporadas. Chiquinho é um jogador que precisa começar tudo de novo. Tentou algo no centro do país, não conseguiu. Jogou na periferia do futebol brasileiro, onde corre o
Goiás, e não brilhou.
Hoje, o verdadeiro potencial de Chiquinho é um mistério. Até mesmo para a atual direção que busca sem muita pressa novos alas.
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