Pode ser o Parma o interessado em pagar US$ 5 milhões pelo volante Tinga, cujo contrato com o Grêmio termina em julho de 2004. O dinheiro serviria para aliviar a situação financeira do clube, atolado em dívidas de R$ 80 milhões.
Um consultor do clube italiano veio ao Brasil ver o “motor” do Olímpico em ação na segunda partida das quartas-de-final do Brasileirão, contra o Juventude, no estádio Alfredo Jaconi. Saiu de Caxias do Sul impressionado com o que viu.

O consultor já tinha visto Tinga atuando através de fitas de vídeo entregues pelo empresário do jogador, Tadeu Oliveira. Mas, ao vivo, se encantou com a movimentação do volante por todos os lugares do campo, sempre encaminhando ações ofensivas e lutando na hora de retomar a posse da bola com a mesma devoção. O fato de Tinga ter atuado fora de suas condições clínicas ideais, sentido dores no músculo posterior da coxa esquerda, apenas somou pontos aos olhos do italiano.

– Enquanto não houver nada no papel e com o timbre do clube interessado, seguimos apenas no campo das especulações. Por enquanto, não há nada sobre o Tinga – afirmou Oliveira, dizendo não saber do interesse do Parma.

Negócio aliviaria dívida  estimada em US$ 80 milhões

Um integrante da atual diretoria gremista informou em uma reunião do Conselho Deliberativo que a venda de Tinga – e de Cláudio Pitbull – seria uma forma de arrecadar recursos. Ontem, um membro do Conselho Consultivo consultado por Zero Hora confirmou a informação. Paciente de uma cirurgia no joelho, Pitbull não pode mais ser negociado. Mas Tinga, que se recupera de uma distensão na coxa, é a chance de ouro para fazer caixa, a partir do ótimo Campeonato Brasileiro deste ano e das convocações para a Seleção Brasileira em 2001.

A direção espera pagar hoje dois meses de direito de imagem (maior parte do salário) em atraso para os jogadores. O restante seria quitado dia 20. Ficariam ainda dívidas de luvas com Roger e Anderson Lima, de 2000. Polga interessa ao Corinthians, mas ganhará passe livre em fevereiro de 2003. Rodrigo Mendes e Luís Mário, donos do passe, podem negociar com qualquer clube a partir de janeiro. Fabri, se for chamado pelo Real Madrid, terá que voltar.