| 18/10/2007 13h33min
O espanhol Fernando Alonso, que entra no Grande Prêmio (GP) do Brasil como um dos candidatos ao título do Mundial de Fórmula-1, disse ter confiança no trabalho da McLaren. Para Alonso, a presença de um observador da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) na garagem da McLaren para zelar pela igualdade de condições entre ele e o inglês Lewis Hamilton, seu companheiro de equipe, é desnecessária.
— Não estou de acordo com a decisão de colocar um observador da FIA no nosso box. Confio na minha equipe — afirmou o atual Bicampeão.
— Após o GP da China, disse que não tinha confiança porque estava muito irritado com o resultado da terceira sessão de classificação, e principalmente ao ver que a pressão dos pneus estava um pouco alta. Mas depois comprovei que foi uma casualidade e um pouco de azar — explicou Alonso na entrevista coletiva oficial da FIA.
Ao falar sobre as declarações do diretor da McLaren, Ron Dennis, após o GP da China, que disse que
a equipe e Hamilton lutavam contra
ele, Alonso comentou:
— Fiquei surpreso no início, mas sempre devemos analisar o contexto no qual acontecem as coisas. Pessoalmente, não vi nada de estranho. Não me preocupei — destacou.
Alonso também falou sobre sua relação com o companheiro Hamilton.
— Todos dizem muitas coisas de nós que não são verdade. Somos dois pilotos que lutamos na pista, mas fora dela temos uma boa relação desde o primeiro dia. Se as pessoas nos vêem só nos sábados de corridas, quando a equipe abre as portas para a imprensa, a situação não parece muito relaxada entre ambos porque acabamos de disputar o treino classificatório e estamos pensando no resultado, na prova do dia seguinte e na estratégia. Por isso pode parecer que não é uma situação relaxada — explicou.
— Estamos numa competição e ambos amamos competir: é nossa vida. E os dois aproveitam da melhor forma esta batalha. Somos diferentes, mas em cada prêmio gostamos de viver a competição
— completou Alonso, que durante toda a
entrevista coletiva se mostrou brincalhão e sorridente com seu companheiro e adversário.
Sobre a corrida em Interlagos, que novamente decide o título, o espanhol falou:
— Nos dois últimos anos cheguei aqui como líder do campeonato e sabia que tinha de ser conservador para somar os pontos de que precisava. Agora é diferente e mais difícil, porque tenho de tentar vencer e assumir mais riscos. A verdade é que tenho de arriscar no domingo, embora o fundamental seja terminar a corrida porque não dependo só de mim. Podemos dizer que o circuito de Interlagos me traz sorte. Gosto daqui porque me traz muito boas lembranças e espero que seja assim quando acabar a corrida de domingo — disse.
Caso leve o Tri no domingo, Alonso não sabe dizer se este título será o mais difícil de ser conseguido:
— É difícil. No ano passado também vivi um final de temporada muito complicado, e tive uma sensação muito especial ao vencer — lembrou.
Alonso: "Interlagos me traz sorte. Gosto daqui porque me traz muito boas lembranças e espero que seja assim quando acabar a corrida de domingo"
Foto:
Jens Buettner
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EFE
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