Um dos palcos mais conhecidos – e polêmicos – do futebol brasileiro está com seus dias contados. Uma empresa responsável pela construção de grandes shoppings centers arrematou a área onde está o Estádio da Federação Paranaense de Futebol, o Pinheirão, por R$ 11, 2 milhões em um leilão autorizado pela 4.ª Vara de Fazenda Pública.

Abandonado após a queda de Onaireves Moura da presidência da FPF, o maior símbolo de sua gestão também deve ir abaixo, embora a entidade ainda tente reverter a compra na Justiça.

– Nosso prazo permanece em aberto para recorrer até o dia 29 e é isso que iremos fazer – explicou o assessor jurídico e administrativo da Federação, Vinícius Gasparin.

– Nós queremos impugnar o valor da avaliação do imóvel, que foi de R$ 16 milhões, e o próprio leilão, que não deveria ter ocorrido neste prazo – acrescentou.

O estádio, que já foi palco de jogos da Seleção Brasileira e esteve alugado para o Atlético-PR e, posteriormente, para o Paraná Clube quando os dois clubes reformavam suas casas, está lacrado por falta de segurança. Além disso, a FPF ainda tem dívidas com fornecedores e com o poder público, o que parece não afetar os planos do presidente Aluízio Ferreira, que ainda quer a área destinada ao futebol – ou pelo menos um preço maior.

– Trabalhamos para que o leilão não fosse realizado e acreditamos que ele não poderia ter acontecido. O Pinheirão vale pelo menos R$ 30 milhões. Começamos agora os contatos com a Prefeitura. Já tivemos uma reunião com o prefeito Beto Richa e estamos estudando várias alternativas. A primeira opção é um comodato de terceirização. Senão, estudamos uma parceria com o município, para aproveitar toda essa estrutura – garantiu.

Uma das alternativas citadas seria o novo estádio do Coritiba, planos do presidente coxa-branca Giovani Gionédis, que busca parceiros para tocar a obra desde a época da escolha de qual estádio seria oferecido à CBF para a Copa de 2014.

– Já conversamos e agora estamos à espera dele, que está em busca de um investidor para construir – finalizou o dirigente.

GAZETA PRESS