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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deve aumentar nesta quarta, dia 20, a taxa básica de juros da economia (Selic) para tentar reverter a piora das expectativas de inflação. Esta é a aposta da maior parte dos analistas de 20 entre 22 instituições consultadas nesta terça. E 14 deles esperam alta de um ponto porcentual, para 22% ao ano.
O principal problema é que as expectativas do mercado para o IPCA de 2003 coletadas pelo BC estão se deteriorando fortemente, tendo atingido 9,81% na pesquisa divulgada nesta terça, bem acima do teto da meta do ano que vem, de 6,5%.
Nesta terça, o presidente do BC, Armínio Fraga, citou o recuo do câmbio como um dos sinais que "estão na direção certa". Ele disse ainda que vê indícios de desaceleração das expectativas de inflação.
– Vamos torcer, rezar e pedir para que os juros não sejam aumentados – disse nesta terça em Brasília o presidente do PT, deputado José Dirceu (SP). O presidente do PT afirmou que o aumento dos juros básicos da economia, que hoje estão em 21% ao ano, aumentaria a recessão, dificultaria a situação das empresas brasileiras e agravaria o desemprego. Ele declarou que um eventual aumento de juros será "prejudicial" ao país porque faz crescer a dívida pública, o que sempre ajuda a gerar um clima de incerteza entre os investidores internacionais a respeito da capacidade de o Brasil honrar seus compromissos externos.
As declarações de Dirceu foram uma resposta indireta aos rumores de que o PT deseja que o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso aumente os juros para que o próximo governo possa baixar a taxa no começo do ano que vem.
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