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Palocci defende manutenção da posse no dia 1º de janeiro

Bancada do PT buscava apoio para tranferir data para o dia 6

Depois de semanas de polêmica, a data da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tende a ser mantida no dia 1º de janeiro. Nesta terça, dia 19, o coordenador político da transição, Antônio Palocci, disse que Lula deverá assumir o cargo nesse dia.

Com aval de Lula, a bancada do PT no Congresso estava buscando apoio para uma proposta de emenda constitucional (PEC) que alterava a data para o dia 6. A alegação era de que, por coincidir com o feriado de Ano-Novo, o dia 1º não permitiria a presença de autoridades estrangeiras e de mesmo de brasileiros nas solenidades, em Brasília.

– A posse tem de ser no dia em que está marcada – disse o coordenador na entrada do Ministério da Fazenda, antes de se encontrar com o ministro Pedro Malan.

Na Câmara, a dificuldade para um acordo que possibilite a votação das medidas provisórias 64 e 66 pela Câmara pode inviabilizar a votação da PEC da mudança da data de posse. As duas medidas, que tratam de questões referentes ao setor energético e da minirreforma tributária, respectivamente, estão com votação emperrada por serem muito polêmicas.

Apesar de a bancada do PT ser oficialmente favorável à posse no dia 6, cresce no partido a opinião de que há assuntos mais importantes para serem discutidos no momento. O deputado Paulo Paim (PT), por exemplo, diz que, em vez de mudar a data da posse, o partido deveria discutir com mais intensidade o reajuste do salário mínimo, o programa de combate à fome e o Orçamento da União. Outro deputado contra a proposta é Padre Roque (PT-PR), que disse que a discussão em torno da data da posse é "inócua e não leva a lugar nenhum".

 
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