Durante passagem pela capital federal, ontem, o governador eleito Germano Rigotto tentou assegurar a destinação de recursos para o Estado em 2003. Em audiência com o ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, Rigotto discutiu a renovação e a ampliação das compensações decorrentes das perdas provocadas pela Lei Kandir.

Por sugestão do ministro, Rigotto pretende articular um movimento com governadores de Estados exportadores na tentativa de negociar mais recursos com a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o governador eleito, atualmente, mesmo com o ressarcimento previsto na Lei Kandir, os Estados exportadores estão sendo prejudicados. A intenção é dobrar os recursos de R$ 1,7 bilhão previstos no Orçamento de 2003.

- Se for ampliada a verba para R$ 3,6 bilhões, o ressarcimento estaria correto - disse, logo depois de deixar o Palácio do Planalto, no começo da noite.

Rigotto já conversou sobre o assunto com o governador eleito de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e hoje deverá se reunir em São Paulo com o governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB). Para o peemedebista, no entanto, a maior batalha seria convencer a equipe de transição do PT a ampliar os recursos do Orçamento.

O governador eleito também solicitou a intermediação do ministro para auxiliar na regulamentação da lei sobre manutenção dos subsídios ao carvão e na liberação de créditos de R$ 988 milhões que o Estado teria a receber da União por obras em rodovias federais.

KLÉCIO SANTOS  -  Sucursal/Brasília