O imbróglio sobre o futuro de Cléber Santana arrastou-se até o final do seu contrato, que vence neste sábado, mesmo dia da partida contra o Grêmio. Apesar de treinar entre os titulares do Santos no coletivo desta quinta-feira, o jogador não deve ser escalado por Vanderlei Luxemburgo caso não renove o vínculo com o clube.

Além de evitar dar espaço para um atleta que se desligará do grupo no dia seguinte, o técnico não prejudicaria uma possível transferência de Cléber Santana para outra equipe do Brasil com a iniciativa. Se enfrentar o Grêmio, o meia completará sete jogos pelo Santos no Campeonato Brasileiro, o que inviabiliza ida para times da Série A de acordo com o regulamento da competição.

A negociação entre o presidente Marcelo Teixeira e um dos empresários de Santana, Juan Figger, não evoluiu, conforme declarou o gerente de futebol Luiz Henrique de Menezes nesta quinta-feira. O Santos precisa pagar US$ 1,25 milhão para adquirir metade dos direitos federativos do seu artilheiro do início do ano e mantê-lo no elenco.

Segundo Luxemburgo, o clube está bastante interessado na permanência de Santana, que só depende da outra parte para ocorrer. Do outro lado, porém, está o empresário Teodoro Fonseca, desafeto do técnico desde que Pedro e Rodrigo Tiuí deixaram a Vila Belmiro. O procurador afirmou no início da semana ainda não ter recebido nenhuma proposta satisfatória para o seu cliente. Se a situação não mudar, o atleta será reintegrado ao Rentistas, clube uruguaio ligado a Juan Figger.

Já Cléber Santana, o maior interessado no impasse, sempre externou sua vontade de renovar contrato com o Santos, mesmo quando era especulado como futuro reforço do Atlético de Madrid, da Espanha. Protegido pela assessoria de imprensa do Peixe, o jogador não concede entrevistas até sábado, dia em que poderá fazer sua última apresentação com a camisa do time que o projetou em cenário nacional.

GAZETA PRESS