Inscrito na equipe brasileira pan-americana de salto por força de liminar da Justiça na última semana, o cavaleiro Vítor Alves Teixeira voltou a perder a vaga no grupo que irá aos Jogos Pan-americanos, em julho. Nesta segunda-feira, uma nova decisão da Justiça cassou a liminar concedida pela juíza da 5ª Vara Cível, Maria Cristina de Brito Lima, restabelecendo a convocação original para o evento.

Vítor havia sido inscrito na última quinta-feira na vaga de Pedro Veniss. Na ocasião, a Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) agiu para acatar a decisão da juíza, que estabelecia multa diária de R$ 50 mil em caso de desobediência, mas entrou com recurso e acabou tendo seu pedido aceito.

A cassação da liminar ainda não põe fim definitivo à novela do hipismo. Segundo o cavaleiro, ele aguarda o final da análise da documentação por sua advogada para saber o que ainda é possível ser feito em seu caso. "Vou fazer o que ela me orientar", explica.

A polêmica na modalidade teve início em janeiro, quando a CBH alterou as regras de classificação para o Pan, suprimindo uma seletiva na Europa. Pré-convocado ao lado de Bernardo Alves, o campeão olímpico Rodrigo Pessoa afirmou que não integraria a equipe.

Meses depois, a Confederação fez nova alteração no processo seletivo, estipulando índice técnico para os candidatos à vaga. Com isso, apenas César Almeida obteve classificação. Rodrigo voltou atrás em sua decisão e a chefe de equipe Lúcia Maria Santa Cruz convocou o grupo com Rodrigo Pessoa/Rufus, Bernardo Alves/Chupa Chup, César Almeida/Singular Joter, Pedro Veniss/Un Blanc des Blancs e Karina Johannpeter/O de Pomme de Joter como reserva.

Vítor Alves entrou na Justiça questionando o processo de escolha e obteve a liminar. De acordo com a CBH, com a invalidação do documento, a equipe nacional volta a ser composta pelos convocados originais.

GAZETA PRESS