| 24/05/2007 18h36min
Os dois já trabalharam juntos e possuem grande experiência tanto no voleibol nacional quanto internacional. A diferença agora é que um vem da Itália e outro parte para lá. O ex-técnico do Trentino, Radamés Lattari, chegou do país da seleção azzurra para assumir a Cimed e Renan Dal Zotto parte para treinar o Treviso.
– Foi uma surpresa e acredito que será um grande desafio, pois desde 90 não trabalho com equipes brasileiras. Aqui no país atuei muito frente à seleção brasileira – confessa Radamés.
O técnico, que já teve Renan como atleta do seu time, trabalhou um ano em Portugal, depois seguiu para a Itália, onde ficou quatro anos, voltou para o Brasil e atuou com Bernardinho por dois anos na seleção feminina e logo após outros quatro a frente da masculina. Radamés foi para a Confederação Brasileira de Vôlei, em seguida a vice-diretoria do Flamengo e finalmente voltou para a Itália, da qual partiu agora em maio.
– Eu estou vindo de um trabalho com jogadores que além da habilidade técnica, tem vivência em campeonatos internacionais, frente às seleções de seus respectivos países – diz lembrando que isto só tem a agregar para a equipe que está assumindo.
Sobre o novo trabalho na Cimed, Radamés afirma estar contente por voltar ao Brasil e ter este desafio.
– A superliga é um campeonato que a cada ano revela novos talentos e dá continuidade ao processo da seleção brasileira. Nós perdemos jogadores para o exterior, porém temos sempre novos jogadores aparecendo para dar esta renovada na equipe – comenta.
Com toda esta bagagem, Radamés dará continuidade ao trabalho desenvolvido por Renan, claro que com seu diferencial.
– O diferente sempre é bom e esta troca de experiência será excelente para ambos, uma vez que eu venho de um time italiano, que é justamente para onde o Renan está indo – diz. A ida de Renan está prevista para agosto e, até lá, os dois terão tempo suficiente para trocarem muitas figurinhas.
Quem sai ganhando com as mudanças é a própria Cimed que será fortalecida com uma proposta que nasceu com o projeto: a promoção de intercâmbios com a equipe italiana.
Para Radamés, este intercâmbio será fundamental.
– Nós só temos a ganhar porque nossos jovens são tecnicamente iguais aos da Itália e tem habilidade para estar lá. Enquanto que os jogadores que vierem irão passar esta experiência que têm com campeonatos internacionais – explica.
Renan não perde a oportunidade para deixar um desafio.
– Quem sabe a gente não se encontra em um campeonato mundial de clubes? – fala Renan.
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