| 21/05/2007 18h56min
Após prestar depoimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares, um dos acusados de envolvimento com fraudes em licitações pela Operação Navalha da Polícia Federal, disse que está com a "consciência tranqüila" e que foi incluído na investigação por causa de brigas políticas.
– Ali no Maranhão é uma briga política muito grande. Eu acredito que meu nome tenha sido envolvido por pressão de grupos políticos – disse Tavares.
O ex-governador alegou que as obras que a Gautama, empresa de Zuleido Veras, conseguiu no Estado foram fruto de uma contrapartida exigida pelo Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) para que fosse construída uma estrada entre Barreirinhas e Parnaíba, o que fomentaria o turismo da região.
Tavares negou ainda que tenha recebido um veículo Citroën da Gautama. Ele disse que comprou o carro em março de 2006, e não em agosto, como afirma a PF:
– O carro foi pago por mim com recursos previstos em meu imposto de renda de 2005 e declarados em 2006. Não houve benefício e não houve o presente, até porque eu não aceitaria.
Ele aproveitou para atacar o grupo político do senador José Sarney (PMDB-AP), seu desafeto.
– Esse grupo, que se aproveitava desse estado de pobreza para mandar, perdeu as eleições e acredito que nunca mais recupere – afirmou.
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