| 15/05/2007 16h02min
Em depoimento na CPI do Apagão Aéreo, o delegado Renato Sayão, da Polícia Federal, disse que um diálogo entre o comandante do Cindacta de Manaus e os pilotos do Legacy logo após o acidente que derrubou o Boeing 737-800 da Gol, em setembro do ano passado, indica que o TCAS (equipamento anticolisão) da aeronave da americana ExcelAire estava desligado no momento do choque. Segundo o relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), o delegado relatou o diálogo entre o tenente-coronel Carcavalo, comandante do Cindacta de Manaus, e os pilotos do Legacy.
Na conversa pelo rádio, o militar pergunta se o TCAS está funcionando e o piloto do Legacy responde que não. Incrédulo, o tenente-coronel repete a pergunta.
– Como assim, sem TCAS?
O piloto então responde, em inglês.
– TCAS is off (desligado).
Logo em seguida, há um ruído na gravação e o delegado suspeita, segundo o relator, que seria alguém falando em inglês para que o piloto mudasse sua versão e dissesse que o equipamento estava ligado. Logo depois o piloto diz "TCAS is on". O delegado teria contado ainda que várias perícias foram feitas, mas não foi possível comprovar se há uma terceira voz mandando o piloto mudar a versão.
De acordo com o relator, o depoimento do delegado, que não terminou, permite concluir que existe de fato um problema de comunicação no sistema aéreo brasileiro e que a CPI precisa ter acesso às investigações da Aeronáutica sobre os controladores de vôo que estavam de plantão no dia do acidente, que matou 154 pessoas.
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