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 | 07/05/2007 20h21min

Jogadores chegam em Chapecó depois de 23 horas

Ônibus com delegação foi recebido na cidade com uma grande carreata

A torcida da região Oeste teve que esperar 23 horas depois da conquista do tricampeonato para receber a delegação dos heróis da Chapecoense. O trajeto até chegar em casa foi tão difícil quanto a conquista do campeonato.

Os jogadores, que viajaram 200 horas e 14 mil quilômetros durante a competição, tiveram que conter a ansiedade.

– Estou ansioso para ver como está a cidade – dizia o meia Adriano.

Ele quase não dormiu só pensando nos lances da final. O time que foi campeão próximo das 18h de domingo, comemorou no gramado e no vestiário do Heriberto Hülse e depois foi jantar em Araranguá. Ainda em solo catarinense, fizeram batucada e contaram com a presença do tetracampeão mundial Taffarel e do ex-lateral do Grêmio, Paulo Roberto. Ambos agora são empresários.

Próximo da meia-noite a delegação saiu do solo catarinense e entrou em solo gaúcho. O grupo foi dormir em Canoas (RS). A justificativa foi a de que a viagem pelo Rio Grande do Sul era mais curta. O grupo chegou em Canoas às 2h, mas alguns jogadores, como Adriano, foram dormir às 4h. Às 8h, já levantaram para seguir viagem. A surpresa foi um acidente na BR-116, que quase atrasou a partida.

No ônibus, muita festa. Os cabelos de Basílio e Diego competiam com a peruca colorida que William Amaral conseguiu de um torcedor. Vagner registrava cada momento com sua máquina fotográfica. Ivete Sangalo e a dupla Zezé Di Camargo e Luciano dominavam na sonoplastia, quebrada somente por um CD de piadas que pertencia ao goleiro Nivaldo. O técnico Agenor Piccinin, passava a maior parte do tempo no celular.

– Recebi mensagem até da Bélgica.

Em Soledade (RS), após o almoço, aproveitou para comprar um jogo de espetos.

– É para terminar de assar o Tigre – completou Piccinin.

No andar de baixo do ônibus, a turma mais tranqüila assistia a um DVD. O mais sortudo era Jean, que estava na companhia da noiva Daniele. Já em Nonoai (RS), a delegação recebeu a primeira homenagem. Uma empresa que tinha funcionários gaúchos e catarinenses soltou fogos e estendeu uma faixa. Às 16h50min o grupo chegou na ponte do Goio-Ên, que liga o RS a SC. Dezenas de carros já esperavam os campeões.

Cadu, Amaral e e Diego não resistiram e tiraram a entrada de ar do teto do ônibus, colocando metade do corpo para fora. No distrito de Marechal Bormann, a SC-480 foi paralisada. A caravana tinha cerca de 10 quilômetros de carros. No centro, a festa reuniu milhares de pessoas no Ginásio Ivo Silveira.

– Nós passamos, mas a terceira estrela é eterna – disse o diretor financeiro, Valdecir Scalvi.

COM INFORMAÇÕES DO DIÁRIO CATARINENSE
 
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