| 27/04/2007 13h57min
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, defendeu hoje o afastamento de todos os magistrados envolvidos em suspeitas de corrupção que foram presos recentemente ou estão sob investigações. O objetivo é preservar a imagem do Poder Judiciário e assegurar o direito de defesa dos acusados.
Para Britto, as últimas operações da Polícia Federal, sobretudo a Furacão, na qual foram arrolados por suspeita de venda de sentenças quatro desembargadores e o ministro Paulo Medina, do Superior Tribunal de Justiça (STF), além advogados e bicheiros, deixaram a imagem do Judiciário arranhada.
– E uma forma de evitar que esse arranhão se transforme em ferida aberta é afastando da atividade judicante aqueles envolvidos nos escândalos para a garantia da imagem do Poder Judiciário e a segurança na própria defesa dos acusados –, afirmou Britto.
Britto disse que o Judiciário deve tomar essas precauções por ser um Poder fundamental ao Estado
democrático de Direito e “ ser o
encarregado da tarefa difícil, mas que não se pode recusar, de levar Justiça aos cidadãos - ainda mais num país que é campeão de injustiça e desigualdade social”.
Britto fez as declarações em Belo Horizonte, onde participou da abertura do Congresso Nacional de Jovens Advogados.
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