Os líderes do DEM (ex-PFL) e do PSDB no Senado, José Agripino Maia (RN) e Arthur Virgílio (AM), anunciaram nesta quinta os nomes dos parlamentares dos dois partidos que vão integrar a CPI do Apagão Aéreo. Pelo DEM, serão titulares da comissão os senadores Antonio Carlos Magalhães (BA), Demóstenes Torres (GO) e o próprio Agripino. Na suplência, ficarão Raimundo Colombo (SC) e Romeu Tuma (SP), senador que tem cogitado mudar para um partido da base do governo – PMDB ou PTB.

Já Arthur Virgílio escolheu para integrar a CPI pelo PSDB os senadores Sérgio Guerra (PE) e Mário Couto (PA). Como suplentes, foram indicados Virgílio e o presidente tucano Tasso Jereissati (CE).

O requerimento de Agripino, solicitando a criação da CPI, foi lido no plenário da Casa, logo no início da sessão deliberativa ordinária de quarta. A partir da leitura começou ser contado o prazo para as lideranças partidárias indicarem os membros da comissão, firmado em 20 dias. Nesta quinta, na tribuna do Senado, o próprio Agripino fez um apelo para que os demais partidos abram mão do prazo e indiquem logo os membros da CPI.

Os governistas Romero Jucá (PMDB-RR) e Renato Casagrande (PSB-ES) afirmaram que os 20 dias de prazo darão tempo para que se construa um acordo que faça a oposição rever a idéia de instalar a CPI no Senado. Em contrapartida, o governo aceitaria negociar a composição da comissão na Câmara, cedendo a presidência ou a relatoria aos partidos oposicionistas. Tanto Agripino quanto o líder do PSDB, Arthur Virgílio (PSDB-AM), disseram considerar o acordo muito difícil.

A CPI do Apagão Aéreo deverá ter 13 titulares e 13 suplentes e 180 dias para investigar as causas e apontar as responsabilidades por problemas no sistema de controle de tráfego aéreo brasileiro.

AGÊNCIA O GLOBO