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 | 18/04/2007 18h13min

Caso de deputada citada em operação da PF está na corregedoria

Parlamentar apareceria em gravação telefônica sugerindo assassinato de delegado

O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), confirmou nesta quarta-feira ter encaminhado à Corregedoria da Câmara um ofício pedindo que se apurem informações divulgadas pela imprensa de que o inquérito da Polícia Federal relativo à Operação Hurricane (Furacão, em inglês) conteria indícios contra a deputada Marina Magessi (PPS-RJ), policial licenciada.

– Temos de ter toda a cautela porque são processos em curso. A denúncia é grave, mas é preciso saber se há realidade na denúncia. Nem sempre as denúncias se confirmam – disse Chinaglia.

A solicitação foi entregue ontem e, segundo assessoria do corregedor-geral, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), já está sendo analisada. O pedido do presidente da Câmara se refere unicamente a conversas telefônicas grampeadas pela PF e divulgadas pela imprensa.

No telefonema, confirmado pela deputada na semana passada, Magessi conversaria com outro policial, Hélio Machado, dando a entender que sugeria o assassinato do delegado da Divisão Anti-Seqüestro da Polícia Civil do Rio de Janeiro Alexandre Neto. A conversa ocorreu em outubro do ano passado, após a eleição de Maggessi. Na semana passada, ela declarou à imprensa que suas falas estavam sendo consideradas fora do contexto e que não havia ameaça de morte. Hoje, o gabinete da deputada informou que ela não se pronunciaria sobre o tema e deve conceder coletiva à imprensa amanhã.

Segundo informações também veiculadas pela imprensa, o inquérito da PF teria apurado ainda que a deputada recebera doações irregulares de bicheiros durante a campanha eleitoral de 2006. Apesar de o pedido inicial de investigação não mencionar esses fatos, isso também deverá ser investigado pela corregedoria.

Se julgar que as denúncias são procedentes, o corregedor tem duas opções: recomendar à Mesa da Câmara a punição adequada, ou sugerir que o pedido seja arquivado. Não há prazo para a Corregedoria apresentar parecer sobre o caso.

AGÊNCIA BRASIL
 
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