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 | 18/04/2007 11h10min

Paralisação da PF atrasa investigações da Operação Furacão

Movimento é o maior da história da categoria

A paralisação de 24 horas por parte de delegados, agentes, peritos, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal, nesta quarta-feira, atrasará a preparação dos laudos periciais da Operação Furacão e o interrogatório dos 25 presos. O movimento seria a maior mobilização da história da categoria.

Com isso, análise de mais de duas toneladas de documentos apreendidos durante a operação está prejudicada. Até o diretor de inteligência, Renato da Porciúncula, coordenador da operação, cruzou os braços em apoio à paralisação de 24 horas da categoria.

- Estamos dando apoio ao movimento - disse Porciúncula.

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Delegados, Sandro Torres, pelo menos nove mil policiais aderiram à paralisação. Parte deles, inclusive os delegados da Operação Furacão, está concentrada em frente à sede da PF.

- Só estão funcionando os serviços essenciais - disse Sandro Torres.

Operação-padrão em aeroportos

Os policiais fazem operação-padrão nos aeroportos de São Paulo e Porto Alegre e planejam fazer ainda nesta quarta-feira uma caminhada da sede da instituição, em Brasília, até a Esplanada dos Ministérios.

A categoria reivindica um aumento salarial de 30% referente à segunda parcela de um reajuste de 60% acertado no ano passado com o então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, com o aval dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo.

O reajuste equipararia os salários dos delegados aos de procuradores da República. A primeira parte do reajuste foi paga em junho de 2006 e a segunda deveria ter sido paga até o fim do ano passado.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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