A Secretaria de Patrimônio da União embargou nesta terça as obras que estão sendo feitas na Marina da Glória para os Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro. O procedimento foi tomado porque, segundo o órgão, o Ministério do Planejamento ainda não concedeu o aforamento (domínio local) à prefeitura do Rio de Janeiro.

De acordo com o gerente da Secretaria, Paulo César Rodrigues Simões, há dois anos há um impasse acerca da situação da Marina da Glória. Segundo ele, desde dezembro de 2006 há um decreto que proíbe a concessão do aforamento enquanto o Iphan, órgão que cuida do patrimônio histórico e artístico do país, não der a liberação.

O Iphan entrou na Justiça com uma liminar que impedia que qualquer construção fosse feita no local enquanto não houvesse uma resposta definitiva sobre os impactos ambientais que o a região sofreria. No último dia 15, o desembargador Benedito Gonçalves havia concedido a liberação das obras, mas imediatamente o Iphan recorreu e conseguiu impedir seu andamento.

A polêmica gira em torno do projeto da garagem de barcos flutuantes que foi projetada para a Marina da Glória. A princípio, a altura construção seria de 17m. Porém, após algumas reclamações, a medida foi alterada para 3m. Mesmo assim, os órgãos de defesa ambiental temem que a instalação possa prejudicar a paisagem natural do Aterro do Flamengo.