| 26/03/2007 23h16min
O ídolo do basquete brasileiro Oscar Schmidt pediu mais empenho governamental no esporte de base, especialmente no que diz respeito às escolas públicas. Nesta segunda, o ex-jogador participou da comemoração do aniversário de três anos da unidade Diadema do projeto Passe de Mágica, da ex-armadora da seleção brasileira Paula.
– Este é um projeto vitorioso, que tende a crescer, mas o verdadeiro programa de esporte deveria ser na escola pública. Seria necessário um projeto de cima para baixo porque os clubes não têm espaço nem para 20% das crianças que estão por aí. Clubes e Federações são pequenos para toda a vontade de massificação do esporte – declarou, acrescentando que os investimentos devem ser redirecionados. – Ao invés de colocar dinheiro no esporte profissional, tem de investir na criança.
Oscar, no entanto, não discorda dos investimentos feitos para a realização dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. O governo federal já investiu cerca de 1,65 bilhão no evento, valor superior ao inicialmente previsto.
– Pan tem de ter, assim como Olimpíada. Não é o dinheiro do Pan o problema – defendeu. – As crianças não estão largadas na rua, é só ampliar o que já existe. Contratar mais professores... olha só como é fácil – disse, indicando como exemplo a iniciativa de Paula.
O projeto Mãos Mágicas beneficia 300 crianças de 7 a 15 anos em três unidades no interior paulista: duas em Piracicaba, a primeira inaugurada em 2004, e a de Diadema. Paula ainda pretende fazer uma parceria com os pilotos Rubens Barrichello (F-1) e Tony Kanaan (IRL) para inaugurar um núcleo em Interlagos.
Fundador e ex-presidente da Nossa Liga de Basquetebol (NLB), Oscar deixou o comando da entidade no início de 2007. Após dois anos na função, ele se disse decepcionado com a experiência, e lamentou a falta de união no esporte de ponta.
– Tive muita desilusão, perdi dinheiro e amizades – declarou, indicando que a NLB deveria se entender com a Confederação Brasileira de Basquete (CBB). – O futuro será melhor o dia que Liga e CBB conversarem. Não digo nem se entenderem, mas conversarem. Quando isso acontecer seremos a maior potência no mundo – exagerou.
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