| 09/03/2007 18h28min
A exemplo do que aconteceu no Brasil com o Partido dos Trabalhadores, que liberou os militantes para participar de manifestações contra a visita do presidente norte-americano, George W. Bush, no Uruguai, integrantes do partido do presidente Tabaré Vázquez também participarão de atos anti-Bush em Montevidéu. A capital uruguaia já se prepara para receber o líder norte-americano.
Depois de finalizar sua visita ao Brasil, iniciada na quinta, Bush segue ainda nesta sexta-feira para o Uruguai, segunda etapa de sua visita de seis dias à América Latina, que ainda incluirá Colômbia, Guatemala e México.
Segundo o senador Rafael Michelini, da Frente Ampla, reunião de vários grupos de esquerda a que pertence Vázquez, o partido é plural e qualquer militante poderá ir tanto às marchas de protesto como ao encontro que oferecerá Bush na embaixada norte-americana em Montevidéu.
Para ele, a visita de Bush não impedirá que seu partido siga “condenando a política internacional norte-americana, a invasão do Iraque e a manutenção da violação de direitos humanos na prisão de Guantánamo” (base norte-americana situada na ilha de Cuba).
O deputado Washington Abdala, do conservador Partido Colorado, lembra que a visita de Bush pode trazer oportunidades de exportação de “carnes, têxteis e produtos agroindustriais”.
– Não se pode ideologizar nem atuar com histeria. Aqui somos todo antiimperialistas, mas é preciso contextualizar a visita de Bush dentro dos benefícios que podemos tirar dela, esse é o único assunto – acrescentou.
Para Abdala, os protestos anti-Bush que acontecerão em Montevidéu são “normais e reflexos naturais” da sociedade uruguaia. Ele disse que vê “muita graça” no "circo" de Hugo Chávez, em referência ao ato anti-Bush do qual o presidente venezuelano participa hoje em Buenos Aires, na Argentina.
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