| 03/10/2002 19h19min
A suinocultura começa a superar a crise. A conclusão vem de dados divulgados nesta quinta-feira, dia 3, pela principais lideranças rurais do Estado. Segundo o levantamento, embora o preço pago ao produtor ainda seja baixo, o peso médio dos animais abatidos diminuiu, o que significa que o suíno fica menos tempo na propriedade por causa da demanda de consumo.
Entre outros pontos positivos estão a redução nos estoques das agroindústrias, a disponibilidade de recursos subsidiados pelo governo federal para manutenção dos plantéis e a diminuição do peso da carcaça. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Carne (Sindicane) e vice-presidente da Coopercentral Aurora, José Zeferino Pedrozo, os animais estão sendo abatidos com 82 quilos de carcaça em média, contra 95 quilos anteriormente.
O secretário de Agricultura, Otto Kiehn, destacou que a redução da base de cálculo do ICMS de R$ 1,05 para R$ 0,56 para animais que são vendidos para fora do Estado retomou a venda. Isso representa 600 mil suínos vivos por ano, que atingem remuneração de R$ 1,60 em São Paulo. Pedrozo disse que essa situação já melhorou a situação dos criadores independentes, que recebem R$ 1,26 por quilo contra R$ 0,90 de alguns meses atrás.
As agroindústrias também estão aumentando a remuneração dos criadores integrados de R$ 1,12 para R$ 1,15. O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Paulo Tramontini, disse que este reajuste ainda é pequeno, em virtude do aumento de custos com a alta do milho e do farelo de soja. Tramontini destacou que o custo de produção é de R$ 1,60. Ele avaliou que a tendência é de aumento do preço, mas não crê que seja o suficiente para melhorar a situação dos produtores.
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