O presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), não considera que a aliança do partido com o governo federal vá ficar abalada com a renúncia de Nelson Jobim à disputa interna peemedebista. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal divulgou nota nesta terça renunciando à candidatura, o que deixou Temer como único candidato à presidência do partido com a maior bancada do Congresso Nacional e com o maior número de governadores.

– A coalizão (com o governo) está mais reforçada do que nunca – afirmou Temer, a jornalistas, no Congresso.

Temer citou como demonstração disso o convite que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ir ao Palácio do Planalto esta noite:

– É uma demonstração de que as instituições estão negociando entre si.

Segundo ele, "não se trata de nenhuma interferência eleitoral dentro do PMDB".

Em sua nota de renúncia, Jobim afirma que “os acontecimentos das últimas horas enunciam a opção objetiva do governo quanto à disputa no PMDB. Diante disso, resta-me afastar-me em definitivo da contenda”.

Temer afirmou que, se for confirmada sua reeleição à presidência do PMDB, "vou procurar a unidade absoluta do PMDB".

– Vou fazer uma chapa com a participação de todos os governadores e senadores – declarou.

Segundo ele, "desde que houve a coalizão, não houve um voto sequer na câmara contrário ao governo".