| hmin
As mudanças de escalação e esquema tático operadas por Celso Roth na derrota por 2 a 1 contra o Paraná motivaram muitas críticas ao técnico colorado de parte da torcida e da imprensa esportiva. João Gabriel (foto) está entre os mais insatisfeitos com Roth. Pouco antes do jogo de sábado, o goleiro ficou sabendo que não seria o escolhido para a vaga de Clemer, lesionado. A entrada do segundo reserva Luiz Muller na equipe revoltou Gabriel, que chegou a cogitar a hipótese de mudar de clube. A reação do atleta motivou uma reunião com o treinador na tarde desta segunda, a fim de aparar as arestas.
Roth alegou que preteriu João Gabriel segundo critérios técnicos, surpreendendo a todos. O defensor era o suplente natural de Clemer e já havia sido titular em duas oportunidades no Brasileirão, quando sofreu seis gols (dois do Palmeiras e quatro do Figueirense). Em nenhuma das partidas mostrou falhas graves ou comprometedoras.
O vice de Futebol Pércio França apoiou a decisão do técnico e garantiu que Luiz Muller tinha ritmo de jogo para atuar os 90 minutos. O dirigente lembrou que Muller jogou mais que Gabriel na temporada, pois há pouco tempo era titular do Guarani-VA e disputou Gauchão e seletiva da Sul-Minas pelo time de Venâncio Aires. Muller fez boas defesas contra o Paraná, mas chegou atrasado no primeiro gol.
Independente das justificativas, sobressaíram-se os ataques a Roth por conta da derrota em casa, novamente para um time colocado entre os quatro últimos do campeonato. Sem contar a troca de João Gabriel por Luiz Muller, o treinador teve outras iniciativas que levaram os torcedores à loucura, reeditando os brados de "burro, burro" das arquibancadas.
Uma delas foi a troca de esquema, que passou de uma hora para a outra do 4-4-2 para um improvisado 3-5-2. Como não podia contar com Carlos Miguel, vetado na última hora, Roth preferiu colocar o zagueiro Vinícius em substituição ao meia titular. Daniel Carvalho ou até mesmo Cleiton Xavier, ambos armadores, eram as outras alternativas.
E Roth acabou voltando atrás, quando se deu conta de que o time estava vulnerável, apesar dos três zagueiros em campo. Ainda no primeiro tempo, o técnico sacou Vinícius e colocou Daniel Carvalho. Na etapa complementar, quando o Inter perdia de virada, foi a vez de Chiquinho ir para a linha. O jovem lateral-esquerdo, novo ídolo da torcida, entrou novamente na fogueira e, a exemplo do time inteiro, foi mal.
Caso tivesse vencido o Paraná, o colorado teria assegurado um lugar entre os oito primeiros novamente. Acabou caindo duas posições na tabela, e hoje ocupa o 12º lugar, logo à frente do Grêmio.
Grupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2008 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.