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 | 07/02/2007 19h27min

Brasil discute acordo multilateral na área de biocombustíveis

Encontro até o finakl do mês detalhará união de países

O subsecretário-geral de Assuntos Políticos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Antônio Patriota, anunciou hoje que até o final do mês Brasil, Estados Unidos, China, Índia, África do Sul e representante da União Européia se reunirão para discutir cooperação multilateral na área de biocombustíveis.

De acordo com o embaixador, os países já estão elaborando um documento sobre um padrão comum para a fabricação de etanol, que deverá ser lançado em breve.

Patriota se reuniu hoje com o secretário de Estado de Assuntos Políticos dos Estados Unidos, Nicholas Burns, para tratar, entre outros temas, de um acordo na área de biocombustíveis.

Apesar do fim das barreiras à importação pelos americanos do álcool brasileiro não ter sido debatido, o secretário disse que pretende estreitar relações com o Brasil nessa área.

– Nós temos muitas pesquisas nos Estados Unidos sobre o uso de etanol. O que nós queremos é cooperar com o Brasil. Nós queremos estar com o Brasil – afirmou Burns.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, informou que conversou com Nicholas Burns sobre a possibilidade de cooperação com os Estados Unidos para a fabricação do etanol, que atualmente produz o produto a partir do milho.

– Chamei atenção para o fato de que tem que ser uma cooperação bem estruturada para não ser uma coisa dispersa. Pode significar cooperação na área de tecnologia. Obviamente, na cana-de-açúcar, nós somos muito desenvolvidos, mas eles estão desenvolvendo também na área de celulose – disse o chanceler brasileiro.

Amorim disse também que os Estados Unidos demonstraram interesse na criação de um mercado global de etanol:

– Acho que seria bom para os Estados Unidos, do ponto de vista da energia, facilitar ao máximo o comércio de etanol.

Para o ministro, os Estados Unidos deveriam “tratar o etanol como uma commodity energética mais do que como um produto agrícola”.

Celsom Amorim ressaltou, porém, a necessidade de que esse mercado global para o comércio de etanol atue “da maneira mais econômica possível, menos poluente possível, e que utilize melhor os recursos naturais”.

Atualmente Brasil e Estados Unidos são responsáveis por mais de 70% da produção mundial de álcool, com 35 bilhões de litros por safra.

AGÊNCIA BRASIL

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