| 23/09/2002 12h36min
Em campanha no Rio Grande do Sul, o candidato à Presidência da República pelo PSB, Anthony Garotinho, defendeu nesta segunda, dia 23, em entrevista ao programa Gaúcha Repórter, da Rádio Gaúcha, a prática de uma política voltada ao desenvolvimento da metade sul do Estado. Para o pesebista, o os negócios da região se mostram "muito aquém" do observado em outras zonas gaúchas. Garotinho criticou a política federal para o Rio Grande do Sul e combateu a cobrança de pedágios, que, segundo ele, encarecem a produção local e prejudicam as exportações pelo Porto de Rio Grande.
O pesebista voltou a enfatizar o alicerce principal de sua campanha: o salário mínimo de R$ 280, prometido para maio de 2003. O ex-governador do Rio de Janeiro assegurou que a redução da taxa de juros da economia brasileira será capaz de gerar o saldo de R$ 21 bilhões necessários à implantação da medida.
Garotinho investiu contra os R$ 108 bilhões destinados pelo governo ao pagamento,
classificando como "decisão política" a
manobra de recuar os juros no país. De acordo com o candidato, a cada ponto percentual subtraído das taxas, economizam-se R$ 6 bilhões. O candidato do PSB, se eleito, garante fazer o índice recuar, logo no primeiro ano de administração, em quatro pontos, mantendo nos cofres públicos R$ 24 bilhões:
– Quem estabelece a taxa de juros é o Banco Central, não é o mercado – destacou.
Certo da participação no segundo turno do pleito, o pesebista afastou apoio político ao candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas. Ainda que tenha por Lula um "carinho muito grande", o ex-governador se valeu da experiência para apresentar a maior diferença entre as dois hipotéticos governos, classificando o modelo do adversário como oposição inexperiente:
– Nosso governo não terá risco de fracasso administrativo.
Anthony Garotinho destacou a importância da criação de um novo sistema previdenciário, baseado na capitalização e na contribuição individual para a aposentadoria. Combateu o ingresso do Brasil na Área de Livre Comércio das Américas (Alca), por acreditar que não há condição de uma empresa brasileira competir com outra americana, em decorrência da elevada carga tributária a que estão submetidos os negócios nacionais. O pesebista disse, ainda, que o comportamento do dólar não tem relação com as pesquisas eleitorais: para o candidato, as altas sucessivas da moeda norte-americana são responsabilidade de uma política externa frágil.
O ex-governador do Rio deixa Pelotas nesta segunda-feira rumo a Livramento e Santa Maria.
Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.
Candidato do PSB visita Livramento e Santa Maria nesta segunda
Foto:
Patrick Rodrigues, Especial
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