O goleiro André Gonçalves deitou na cama e o sono não vinha. O travesseiro não poderia suportar a culpa por ceder o empate nos minutos finais. A falha tinha sido dele. Após o jogo contra o Metropolitano, o sonho de vestir a camisa 1 do Joinville virava um pesadelo para o jogador de 22 anos.

– Ninguém quer errar. É frustrante porque o time teve trabalho para virar o placar. Pedi desculpas ao restante do grupo – contou.

Admitindo ser o principal responsável pelo empate na Arena, ele treinou com uma certeza: será o goleiro do Joinville na próxima partida contra no Próspera, em Criciúma.

– Tenho o apoio da diretoria e do treinador. Eles vieram conversar comigo depois do jogo. Disseram para eu continuar trabalhando com tranqüilidade – afirmou.

E nos treinamentos, André demonstrava ainda mais dedicação. Pulava em todas as bolas com vontade de defender todos os chutes, provavelmente, imaginando ser aquele despretensioso arremate de Dione, no segundo gol da equipe de Blumenau.
As falhas renderam duas lições ao jogador.

– É nos momentos difíceis que você descobre quem são teus verdadeiros amigos. Depois do jogo, o treinador e os outros jogadores vieram conversar comigo e todos me deram apoio – lembrou.

Para ele, a outra lição é que goleiro não pode errar.

DIÁRIO CATARINENSE