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O candidato pelo PSB à Presidência, Anthony Garotinho, criticou duramente nesta sexta-feira, 20 de setembro, o estilo diplomático do presidente Fernando Henrique, acusando-o de só ter feito promoção de si mesmo nos seus oito anos de mandato em vez de defender os interesses do país nas viagens e fóruns internacionais.
Perguntado no debate promovido pela Fundação de Altos Estudos de Política e Estratégia, ligada à Escola Superior de Guerra (ESG), se seguiria a diplomacia presidencial, Garotinho arrancou aplausos da platéia ao responder que a política adotada por Fernando Henrique só serviu para melhorar sua imagem no exterior.
– Diplomacia presidencial, não. Queremos diplomacia de fato. Não podemos usar o cargo de presidente da República como trampolim de promoção pessoal disse ele a cerca de 100 militares, embaixadores e civis.
O candidato do PSB disse que o que deve ser feito é uma política de Estado e não de governo para que o Brasil possa desempenhar seu papel de líder na América do Sul e ser devidamente reconhecido no cenário mundial.
Enfatizando o discurso nacionalista de seu partido, Garotinho, cuja candidatura ganhou pequeno fôlego em relação a seus principais adversários nas recentes pesquisas eleitorais, disse aos convidados da Fundação, que reúne militares e civis, o que eles queriam ouvir, e foi aplaudido várias vezes por isso.
Garotinho fez uma defesa contundente das Forças Armadas, ressaltando a necessidade de reaparelhar o Exército, a Marinha e a Aeronáutica para recuperar o poder militar, que, segundo ele, foi dilapidado nos últimos anos.
Para o candidato, fortalecer as Forças Armadas e a política de defesa nacional é condição para que o Brasil se posicione melhor nos vários organismos internacionais.
O ex-governador do Rio de Janeiro concordou que é preciso aumentar o efetivo do Exército na Amazônia para garantir a integridade do solo brasileiro e acusou o atual governo de estar sendo negligente por não monitorar de forma apropriada quem está ocupando a região.
Ao finalizar o debate, Garotinho aproveitou para mandar um recado para seus rivais, principalmente o candidato da coligação encabeçada pelo PT e líder nas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva.
– Eu ofereço ao Brasil uma mudança com experiência. Não vou governar como um principiante – disse, numa referência à falta de experiência administrativa do candidato petista.
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