| 14/01/2007 20h30min
A chapa de oposição venceu as eleições do novo conselho deliberativo do Corinthians. Após uma guerra de liminares, protestos e reclamação dos dois lados, o grupo liderado por Andrés Sanchez, ex-vice-presidente de futebol, levou a melhor na escolha dos 100 novos membros do conselho deliberativo do clube paulista. O conselho é responsável por eleger o presidente do clube.
A derrota é um golpe duro para o mandatário do Timão, Alberto Dualib, já que seus aliados davam como certa o triunfo no pleito deste domingo.
– Aconteceu o impossível. Derrubamos o homem – comemorou Sanchez, que teve a vitória assegurada antes mesmo da apuração da última urna.
Assim, a oposição terá garantido um quarto das cadeiras do conselho e terá uma força maior para sonhar com a vitória na eleição da presidência, prevista para ser realizada em 2009. Eles terão direito a voto no pleito, ao lado de 200 conselheiros vitalícios e mais 100 indicados por Dualib, os chamados
quadrienais.
A chapa de Sanchez
recebeu 1.096 dos 2.209 votos, enquanto a de Dualib foi a preferida por 989 eleitores. A chapa liderada por Matanó recebeu 120 votos, e o pleito ainda teve um voto branco e três nulos. Antes mesmo de acabar a apuração, o presidente corintiano se retirou do salão do Parque São Jorge, sob a alegação que precisaria ir ao banheiro.
Um dos principais aliados de Dualib para firmar a parceria com a MSI em 2005, Sanchez deixou o grupo do presidente no segundo semestre de 2006, quando pediu demissão do posto de vice-presidente de futebol. Na época, ele mantinha um bom relacionamento com Kia Joorabchian, que já sofria os primeiros atritos com Dualib.
Apesar de ser considerado um aliado de Kia, Sanchez evitou falar sobre os destinos da parceria.
– Ela parou de fato, mas continua de direito. Precisamos ajustar as coisas para o Corinthians ficar mais forte – disse o ex-vice-presidente de futebol.
Festejado por conselheiros notórios do clube
como a ex-presidente Marlene Mateus, Sanchez
destacou a necessidade da mudança do poder no clube, que está nas mãos de Dualib desde 1993.
– A alternância do poder era necessária. Ninguém está pensando em atacar o seu Alberto ou o Nesi (Curi, vice-presidente), mas no bem do Corinthians – afirmou.
Porém, Sanchez descartou já ser um nome para lutar pela presidência nas próximas eleições.
– É algo que vou pensar mais para frente,. Hoje temos unir forçar para tirar o clube desta situação – avaliou.
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