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 | 12/09/2002 23h12min

Serra força debate, mas nega choque frontal com Lula

Tucano diz que corrida eleitoral vive um "momento tenso"

O candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, insiste em forçar um debate com o adversário petista Luiz Inácio Lula da Silva, mas nega que a polarização da campanha possa levar a um choque frontal entre os dois. Para Serra, a corrida eleitoral vive "um momento tenso".

– Eu jamais vou me voltar contra o Lula. O que eu quero é discutir com o Lula as propostas dele de governo – afirmou o governista nesta quinta-feira.

Apresentado como segundo colocado nas mais recentes pesquisas, Serra tenta concentrar o debate de propostas de governo no petista, que se vale da preferência dos eleitores:

– Quero que ele me mostre o que tem de errado na minha proposta e eu vou apontar o que tem de errado na dele. Isso faz parte do confronto democrático de nível, sem nenhum elemento de natureza pessoal – afirmou.

O primeiro tema que os tucanos levam para o embate é a geração de empregos. A proposta petista, que prevê a geração de 10 milhões de novas vagas no mercado brasileiro, é colocada em discussão pelos givernistas:

– Estou propondo como fazer isso, criar oito milhões de empregos. Essa é uma proposta realista. O PT tem uma proposta de 10 milhões de empregos e eu espero que eles mostrem como (fazer isso), para que a gente tenha um debate em torno das questões fundamentais do país – declarou.

Lula e sua coordenação de campanha tentam esclarecer que o programa do petista mostra que o país precisa de 10 milhões de novas vagas, mas não se compromete com metas. Os tucanos afirmam que, com esse argumento, Lula volta atrás na promessa eleitoral que fez:

– Mais útil do que renunciar à paternidade da idéia é a gente debater como é que eles pretendem criar 10 milhões de empregos – ironiza Serra.

O tucano, com 19% das intenções de voto, figura como segundo colocado na pesquisa Vox Populi divulgada nesta quinta-feira. Lula avançou três pontos, mantendo-se em primeiro lugar com 39% da preferência dos eleitores. O candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, recuou para a terceira posição, caindo dos 20% para os 17%.

As informações são da agência Reuters.

Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.


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