| 07/12/2006 13h44min
Nos próximos dias 11, 12 e 13 de dezembro técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Instituto de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Norte (IDIARN) farão colheita de amostras de aves de fundo de quintal, no sítio de Galinhos, distante 160 quilômetros da capital Natal.
A ação faz parte do Plano de Monitoramento de Influenza Aviária em Aves Migratórias e Silvestres no Brasil. Ele prevê a captura e o monitoramento das aves em 18 sítios de migração existentes no país, nas populações avícolas comerciais ou de subsistência, incluindo zoológicos e parques urbanos localizados em um raio de 10 quilômetros ao redor dos sítios das aves.
Também será realizada uma campanha junto à população, com palestras de educação sanitária sobre gripe aviária e distribuição de cartazes e panfletos nos municípios abrangidos pelos sítios selecionados.
– O país se encontra em um período de normalidade sanitária, com relação à Influenza Aviária e o plano prevê ações de prevenção para evitar que a doença chegue ao território nacional – explica o Coordenador de Sanidade Avícola da Secretaria de Defesa Agropecuária, Marcelo Mota
Segundo ele, o monitoramento das aves migratórias e silvestres já foi realizado no Estado do Pará, na primeira quinzena de outubro, nos sítios de Marajó, Breves, São Sebastião e Boa Vista. Faltam, ainda executar as ações nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Maranhão e a Bahia.
Pesquisa de campo começará em sete sítios
Foram selecionados prioritariamente sete sítios. No Estado do Pará, os municípios de Vigia, São Caetano de Odivelas, Breves e São Sebastião da Boa Vista; em Santa Catarina, as cidades de Itajaí e Brusque; no Rio Grande do Sul, a Lagoa do Peixe, no município de Tavares; no Rio Grande do Norte, o município de Galinhos; em Pernambuco a Ilha da Coroa do Avião, no município de Igarassu; no Maranhão, a Baía de São Marcos, no município de São José Ribamar; e no Estado da Bahia, o sítio de Cacha Pregos, na Ilha de Itamaracá.
A seleção dos sítios obedeceu aos seguintes critérios: concentração de aves migratórias e silvestres e constatação em investigação anterior da presença do vírus de Influenza Aviária de baixa patogenicidade; alta densidade de aves aquáticas silvestres ou domésticas, próxima à concentração humana, com a criação de aves comerciais e de subsistência; áreas de concentração e ou reprodução de aves migratórias em regiões continentais ou com até 30 quilômetros da costa, sem informação epidemiológica associada à densidade humana e de criação de aves.
O monitoramento se realizará primeiramente nestes sete sítios, se estendendo aos demais, com a colheita de amostras de swab (suabe) oral e cloacal, bem como sangue de todas as aves capturadas. Todo o material coletado será acondicionado em tanques de nitrogênio e transportado para o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Campinas, em São Paulo, seguindo as normas internacionais e de biossegurança.
As equipes de campo são compostas pelos ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente, complementadas por técnicos estaduais da área de saúde animal e por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e da Universidade do Vale do Itajaí, de Santa Catarina. Os trabalhos no campo irão até junho de 2007, quando se encerra o período migratório das aves.
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