| 10/09/2002 17h01min
Nem mesmo a intervenção realizada pelo Banco Central (BC) nesta terça, 10 de agosto, foi capaz de conter as cotações do dólar. A moeda norte-americana, que se anunciava na abertura do pregão alta de 0,64%, manteve a tendência durante o dia, encerrando 1,22% mais cara do que nessa segunda-feira. O dólar vale R$ 3,136 na compra e R$ 3,138 na venda.
O BC não divulgou o volume de dólares vendidos nesta terça-feira. As mesmas pesquisas eleitorais que na segunda-feira trouxeram entusiasmo aos mercados foram fator de preocupação nesta terça. Ainda que Ibope e Datafolha tenham confirmado a subida do tucano José Serra ao segundo lugar na preferência do eleitor, passando à frente de Ciro Gomes, da Frente Trabalhista, o crescimento do petista Luiz Inácio Lula da Silva gerou especulações em torno da possibilidade de vitória no primeiro turno, ofuscando o otimismo dos investidores, que preferem Serra. O volume de negócios, por isso, reduziu-se, e a cautela dos investidores passou a
pressionar a moeda
norte-americana.
Não se pode maquiar a importância da proximidade do primeiro aniversário dos atentados de 11 de setembro. Parte da tensão observada nesta terça se deve ao alerta divulgado pelo governo norte-americano de que são grandes as chances de novos ataques ao país. As investidas contra o Iraque contribuíram da mesma forma para deixar os investidores receosos.
O mercado financeiro brasileiro não conteve, por isso, a divisa. O fechamento dessa segunda, comemorado por ter invertido as tendências de alta observadas nos cinco dias anteriores, não foi repetido, e os números de baixa de 1,89% mais as cotações de R$ 3,097 para a compra e de R$ 3,100 para a venda não foram notadas nesta terça-feira.
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