| 09/09/2002 08h16min
A equipe econômica do governo tem evitado garantir que os preços dos combustíveis não sofrerão aumento no Brasil por causa da ameaça de uma nova guerra liderada pelos Estados Unidos contra o Iraque. A crescente tensão internacional já está provocando a alta do preço do petróleo no mercado mundial.
Na sexta-feira, dia 6, as cotações dispararam, depois de um ataque de aviões norte-americanos e britânicos ao país de Saddam Hussein, quinta-feira, dia 5. Coube ao ministro-chefe da Secretaria-geral da Presidência, Euclides Scalco, tentar amenizar a questão, ao afirmar que, “a princípio, o preço do petróleo será mantido”. Essa declaração não garante, no entanto, que o governo não possa mudar de idéia. Outras autoridades que assistiram às comemorações do 7 de setembro, em Brasília, evitaram dar declarações sobre o tema.
As ameaças dos EUA são motivo de preocupação por parte do governo brasileiro, que está acompanhando a crescente tensão internacional. A equipe econômica adotou uma política de contenção de preços dos derivados de petróleo, para evitar maiores pressões sobre a inflação. O governo tenta segurar um pouco os preços, como fez com o gás de cozinha, mas não sabe até quando será possível. A incerteza em relação aos preços também afeta os países exportadores.
O ministro de Energia e Minas da Argélia, Chakib Khelil, disse no sábado, dia 7, que Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) adotaria um mecanismo para manter os preços entre US$ 22 e US$ 28 por barril quando o cartel se reunir no Japão em 19 de setembro. Khelil acrescentou que qualquer decisão sobre a produção de petróleo dependerá das condições de mercado. Os preços atingiram os níveis mais altos em quase um ano na sexta-feira, logo depois do bombardeio contra o Iraque. O barril do óleo Brent subiu para US$ 28,27 em Londres.
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