O Comando da Aeronáutica apresentou na tarde desta quinta-feira o relatório preliminar sobre as causas da colisão entre o Boeing 737-800 da Gol Linhas Aéreas e o jato Legacy 600, que aconteceu no dia 29 de setembro, no norte de Mato Grosso. O presidente da Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico do Vôo 1907, coronel Rufino Antonio da Silva Ferreira, disse que os pilotos da aeronave da Gol não perceberam a aproximação da outra aeronave, e por isso não fizeram nenhuma tentativa de evitar o acidente.

– Ninguém viu ninguém. Não houve percepção visual e nenhuma tentativa de evasão ou manobra. Se tivesse ocorrido, estaria registrado. E não há registro – disse Ferreira.

De acordo com o site Globo Online, o coronel disse que entre 16h26min de 29 de setembro e o momento do acidente, ocorrido às 16h56min, o centro de controle de tráfego aéreo de Brasília fez sete chamadas ao Legacy, sem obter resposta. A última chamada, feita às cegas, ocorreu às 16h53m, já sem contato no radar.

O coronel confirmou que o Legacy manteve a altitude de 37 mil pés entre São José dos Campos e o local do acidente. O plano de vôo previa altitude de 37 mil pés até Brasília, 36 mil de Brasília até o ponto Teres, e de 38 mil dali até Manaus. Porém, Rufino disse que qualquer conclusão neste momento seria prematura.

– Não é nossa intenção o apontamento de culpa ou de responsabilidades, e sim, evitar novos acidentes – afirmou.

A primeira audiência para tratar da ação apresentada na Justiça americana por familiares de vítimas do acidente com o Boeing 737-800 da Gol foi marcada para o dia 18 de dezembro, às 10h15min. No encontro, os advogados apresentarão a descrição sumária do caso e dirão quais as provas necessárias.