| 05/09/2002 10h09min
No segundo bloco do debate O Rádio Gaúcho nas Eleições 2002 – o Rio Grande Comanda, os candidatos ao governo estadual responderam questões selecionadas por radiodifusores do interior do Estado. A primeira pergunta provocou os candidatos a explicarem como pretendem promover o desenvolvimento da Metade Sul. Os postulantes José Vilhena (PV) e Caleb de Oliveira (PSB) defenderam incentivos a pequenos agricultores, comerciantes e empresários. Carlos Schneider (PSC) acredita que é preciso rever a matriz tributária e reduzir os impostos para desenvolver a economia. Como se repetiu em todo o bloco, o candidato Antônio Britto (PPS) aproveitou seu tempo para criticar o governo atual e mostrar como ele fará diferente se for eleito. Para Britto, o projeto de desenvolvimento só serve ao Rio Grande do Sul se puder trazer grandes, médios e pequenos agricultores e empresários ao campo produtivo. Para ele, é preciso ter coragem, oferecer incentivos e entrar em guerra fiscal.
Na vez de Tarso Genro (PT) falar, veio a resposta. O candidato do governo afirmou que na administração de Antônio Britto no Piratini, a economia quase não cresceu e afirmou que na de Olívio Dutra o PIB aumentou 11% nos últimos três anos. Tarso ressaltou que o cresimento deve ser alavancado pela pequena agricultura, o fortalecimento do sistema coperativo, e lembrou o papel do Banrisul nesse processo. Celso Bernardi (PPB) acredita que é preciso respeitar o perfil de cada região para promover o desenvolvimento e criticou o atual governo por não cumprir contratos.
A segurança no campo e na cidade foi o tema da segunda pergunta feita aos candidatos. O primeiro a responder, José Vilhena disse que considera o MST um movimento legítimo e que deve ser respeitado. Mas lembrou que não se deve aceitar invasões e atos desrespeitosos. Já os candidatos Aroldo Medina e Carlos Schneider afirmaram que não tolerarão a bandidagem.
– Segurança é o carro chefe da nossa candidatura – disse Medina, ao informar que também não vai aceitar invasões de terra.
O candidato Germano Rigotto (PMDB) disse que, se for eleito, vai devolver a auto-estima para a Brigada Militar e a Polícia Civil. Segundo ele, os profissionais devem receber melhores salários, formação e instrumentos de trabalho. Parta resolver os problemas no campo, o candidato disse que vai investir no Banco da Terra para dar terra a quem precisa, mas não será conivente com invasões de propriedades. Britto também falou em devolver dignidade aos profissionais de segurança e voltou a criticar o atual governo.
O candiato do PPB pretende dar autonomia à BM e a Polícia Civil, para que as corporações possam agir e cumprir leis. Tarso citou a Constituição Federal para dizer que vai respeitar o direito a propriedade e ao mesmo tempo promover a reforma agrária. O petista prometeu separar a Secretaria de Segurança da de Justiça em seu governo.
A última questão do segundo bloco foi sobre a conservação de estradas. O candidato do PSB, partido do ex-secretário dos Transportes, Beto Albuquerque, disse que foram investidos R$ 800 milhões em rodovias durante o governo Olívio Dutra, uma cifra nunca antes aplicada. Segundo Caleb, as estradas federais no RS são um caos, mas as estaduais estão bem conservadas, com algumas exceções. Tarso Genro reclamou que o RS não recebeu atenção do governo federal para conservação das estradas e lembrou dos 5,5 mil quilômetros recuperados e das novas pavimentações feitas nos últimos três anos. Rigotto disse que terá uma relação de cobrança com o governo fedeal para que as vias sejam conservadas no Estado e pretende ligar 150 que ainda não tem asflato. Britto novamente fez críticas ao governo do PT, dizendo que as estradas anunciadas por Caleb e Tarso não existem e que todas as obras começadas no seu governo foram paralisadas.
O debate, gerado pela FM Cultura e disponibilizado para as 262 emissoras associadas à Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), é
transmitido
pela Rádio CBN 1120 e pelo clicRBS.
Ao todo, serão cinco blocos.
Mais informações sobre candidatos, partidos, pesquisas, regras e números eleitorais no especial Eleições 2002.
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