| 09/11/2006 20h36min
Depois da tempestade, a calmaria retornou ao Figueirense. O tempo fechou no Estádio Orlando Scarpelli na terça-feira, após a denúncia do jornal Folha de São Paulo sobre o caso do “gato” do jogador Carlos Alberto, que admitiu ter adulterado no ano 2000 documentos para diminuir a sua idade em cinco anos – jogador tem atualmente 28 e não 23 anos.
Diante do escândalo, havia a possibilidade de o Figueirense perder pontos e até de ser rebaixado à Série B caso fosse comprovado que o clube tivesse conhecimento da fraude.
Essa hipótese foi afastada após a entrevista de Carlos Alberto na noite desta quarta-feira, quando o jogador admitiu a falsificação dos documentos e disse que o alvinegro não sabia de nada. Depois, o procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schimitt, tranqüilizou a diretoria ao afirmar que o clube catarinense não corre risco algum.
O vice-diretor jurídico do Figueira, João Batista Baby, se mostrou tranqüilo, mas não surpreso:
– Essa declaração do procurador não me surpreende, porque pela situação documental do atleta, pelas datas em que o ato aconteceu, pelo tempo que ele está no Figueirense (desde 2003), nós estamos muito tranqüilos com relação a esse particular. É claro que isso nos dá uma tranqüilidade, porque através da entrevista de ontem (quarta-feira) do Carlos Alberto, realmente percebe-se que o atleta foi sincero em suas declarações, tirou um peso das suas costas e demonstrou que não é um mau caráter.
Baby acrescentou que o clube vai ajudar o jogador:
– Realmente foi a situação, um estado de necessidade na sua vida que realmente emociona com relação à forma como as coisas aconteceram e estão acontecendo com este rapaz. Mas, como eu já disse desde o início, o Figueirense está apoiando naquilo que é possível, vai tentar apoiar na área jurídica, na área psicológica para que ele passe por essa parte difícil da sua vida. Mas, ficou muito clara a posição do Figueirense. Claro que ficamos muito mais tranqüilos em relação a tudo aquilo que está acontecendo deste a última terça-feira.
O dirigente ainda afirmou que o Figueirense estará ao lado de Carlos Alberto mesmo depois do término do seu contrato, em dezembro deste ano.
– Independentemente do término do contrato profissional, nós vamos dar a atenção que ele merece. Acho que é uma questão social desse processo, como aconteceu com o Felipe (Felipe Oliveira, que foi pego em 2004 num exame anti-dopping por uso de THC, princípio ativo da maconha). Se o atleta aceitar nossa ajuda, nós vamos dar uma condição na área jurídica para ele, para que um profissional o defenda no julgamento.
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