| 09/11/2006 20h16min
A rivalidade clubística chegou ao extremo na Argentina e chocou a imprensa local. Os acontecimentos que antecederam o complemento da partida entre Gimnasia La Plata e Boca Juniors mancharam de vez o Torneio Apertura, segundo o diário "Olé". Na última quarta-feira, os dois times realizariam os 45 minutos finais de uma partida adiada, cujo resultado parcial favorecia ao Gimnasia, que vencia por 1 a 0.
Entretanto, na véspera do encontro, os jogadores do time de La Plata receberam uma ordem nada pacifista dos próprios torcedores do clube:
– Se ganharem, daremos um tiro em cada perna. Contra o Boca, tem que perder sim ou sim – avisavam os barrabravas.
O motivo da ameaça de morte era simples: se o Gimnasia vencesse, ajudaria o principal rival, o Estudiantes, na luta pelo título da competição (a distância para o Boca ficaria em apenas um ponto). Deste modo, os torcedores coagiram os jogadores, que, assustados, desmontaram.
Sem muito se esforçar, o Boca marcou quatro gols em 45 minutos e garantiu a vitória. Amedrontados pelo comportamento de seus torcedores, os jogadores do Gimnasia tiveram comportamento letárgico e não quiseram dar declarações sobre o episódio.
A exceção ficou por conta de Ariel Franco. O defensor não quis entrar em detalhes, mas confirmou que houve algo nos bastidores do Gimnasia.
– Não foi uma partida normal. Foi mais do que óbvio o que se viu. Jogamos com uma sensação rara e atemorizados por causa do que vivemos. Algo aconteceu. Isso não é novidade, mas não vamos dar detalhes – declara.
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