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 | 07/11/2006 10h38min

Produção industrial cai 1,4% em setembro

No ano, crescimento acumulado é positivo em 2,7%

Em setembro, o índice da produção industrial ajustado sazonalmente caiu 1,4% frente a agosto de 2006, após dois meses de crescimento, período em que acumulou alta de 1,4%. O acumulado nos primeiros nove meses do ano ficou em 2,7%, ligeiramente abaixo dos 2,9% acumulados até agosto. Já o acumulado nos últimos doze meses (2,3%) manteve o ritmo em relação a agosto (2,2%). Na série sem ajuste sazonal, houve alta de 1,3% em relação a setembro de 2005. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A redução de 1,4% de agosto para setembro fez o nível de produção industrial retornar ao patamar de junho. Para este recuo contribuíram 12 das 23 atividades pesquisadas que têm séries sazonalmente ajustadas. Entre as indústrias que reduziram a produção, o movimento de maior importância para o resultado global veio de veículos automotores (-9,3%), devido, sobretudo, aos dias de greve em importantes montadoras. Também tiveram influência negativa significativa: fumo (-26,6%), outros produtos químicos (-3,2%) e outros equipamentos de transportes (-11,8%), ramos que assinalaram taxas positivas elevadas nos meses anteriores. Por outro lado, as principais contribuições positivas vieram de material eletrônico e equipamentos de comunicações (10,8%), de metalurgia básica (1,4%) e da farmacêutica (2,1%).

Todas as categorias de uso caíram em relação a agosto, e a de bens de consumo duráveis (-4,4%) teve o resultado mais negativo, após crescer 1,5% de julho para agosto. A produção de bens de capital e de bens intermediários (ambas com -2,1%) interrompeu seqüência de dois resultados positivos. Já bens de consumo semi e não duráveis novamente caiu (-0,2%), acumulando recuo de 1,0% nos últimos dois meses.

Em relação a setembro de 2005, a produção teve alta de 1,3%, taxa inferior às de agosto (3,3%) e julho (3,5%). Este resultado deve ser relativizado pelo dia útil a menos em setembro de 2006. Quinze dos vinte e sete setores pesquisados cresceram, e as maiores contribuições positivas vieram de máquinas para escritório e equipamentos de informática (47,8%), máquinas e equipamentos (6,0%), indústria extrativa (5,0%), alimentos (1,9%) e bebidas (7,8%). Já os impactos negativos mais relevantes vieram da queda em veículos automotores (-4,5%), de outros produtos químicos (-3,6%) e de vestuário (-10,3%).

Ainda em relação a setembro de 2005, bens capital (-0,4%) foi a única categoria de uso em queda. Nas demais, as taxas foram: bens de consumo duráveis (5,4%) e bens de consumo semi e não duráveis (1,8%), ambas acima da média, e bens intermediários (0,8%).

O acumulado no ano (2,7%) reflete altas em 21 das 23 atividades pesquisadas. Entre essas, a principal contribuição veio de máquinas para escritório e equipamentos de informática (53,7%), seguida pela indústria extrativa (7,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,0%), alimentos (2,0%), refino de petróleo e produção de álcool (2,9%) e bebidas (6,9%). Todas as categorias de uso cresceram, com destaque para bens de consumo duráveis (6,3%) e bens de capital (5,0%). A produção de bens de consumo semi e não duráveis (2,6%) acumulou crescimento próximo à média (2,7%), e bens intermediários (2,0%) ficou abaixo do acumulado da indústria geral. Assim, em setembro houve estabilidade no ritmo da atividade fabril, pois a média móvel trimestral repete, pelo segundo mês consecutivo, o patamar de julho.

IBGE
 
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