A operação-padrão dos controladores de vôo continua causando atrasos e cancelamentos de vôos em aeroportos de todo o país. O cancelamento de um vôo para Montevidéu, partindo de Porto Alegre, provocou tumulto no aeroporto Salgado Filho. Um dos passageiros chegou a agredir um funcionário da empresa Gol.

A segurança está reforçada com 14 policiais no aeroporto. Segundo informações da Infraero, 10 vôos estão atrasados (quatro chegadas e seis partidas) e um foi cancelado na manhã de hoje. A administradora também informa que há uma quebra de horário de duas horas. Os passageiros devem contatar as companhias aéreas para a confirmação dos horários dos vôos.

Em São Paulo, a decisão de ampliar o horário das operações no aeroporto de Congonhas não garantiu o embarque de muitos passageiros. Vôos marcados para a noite passada acabaram cancelados. Os atrasos atingiam 30 vôos no início do dia. Segundo a Infraero, o tempo de atraso varia entre uma e duas horas.

No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, clientes da Gol invadiram o guichê da empresa e tentaram recuperar a bagagem para voltar para casa.  No início da manhã desta quinta, 28 decolagens e 24 pousos estavam atrasados. Durante a madrugada, um grupo de pelo menos 500 pessoas resolveu deitar no setor de embarque do aeroporto. Os policiais tentam conter os ânimos de passageiros que protestavam.

No Rio de Janeiro, houve que-quebra no Aeroporto Internacional Tom Jobim quando passageiros invadiram o balcão de atendimento da empresa Gol. Para muitos passageiros, a espera passa de oito horas. Eles reclamam dos atrasos e da falta de informação.

No aeroporto de Brasília,  20 vôos estavam atrasados na manhã de hoje, informou o jornal O Globo. Durante a noite, a PM também foi chamada para conter passageiros revoltados com a confusão provocada pela operação padrão dos controladores de vôo. Uma senhora passou mal e teve que ser atendida por um médico.

Para o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, os aeroportos só deverão voltar a funcionar normalmente em 10 dias.