A recuperação dos ativos financeiros na semana passada já motiva apostas de redução dos juros básicos antes da reunião do dia 18 do Comitê de Política Monetária (Copom). Os investidores mais otimistas acreditam em um corte de 0,50 ponto percentual da Selic, fixada em 18% ao ano, ainda nesta semana.

A forte elevação da inflação, porém, justificam outros profissionais, impedirá a decisão pelo corte dos juros antes do encontro de setembro. Medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) alcançou 2,32% em agosto, quando a caderneta de poupança teve remuneração de 0,7493%. No mesmo período, as ações negociadas na Bolsa de São Paulo (Bovespa) subiram 6,35%, liderando os investimentos, depois de cinco meses de seguidas perdas.

O dólar comercial, que atingiu o menor preço (R$ 3,01) em 20 dias, caiu 13,25% em agosto. Nos quatro meses anteriores, havia liderado as aplicações. O sucesso na rolagem de US$ 1,6 bilhão em títulos cambiais e a volta das empresas brasileiras na captação de recursos externos devem manter esse comportamento, especialmente se o candidato governista, José Serra (PSDB-SP), confirmar seu crescimento nas pesquisas de intenção de votos para a corrida presidencial. Nesta segunda, dia 2, os mercados não operam em Nova York devido ao feriado do Dia do Trabalho nos EUA.