| 26/10/2006 17h43min
O clima ficou pesado às vésperas do clássico deste sábado entre Porto e Benfica, pelo Campeonato Português. Dirigentes de ambas as equipes estão usando a imprensa portuguesa como porta-voz para provocações mútuas e isso tem gerando mal-estar entre as autoridades do país, que temem uma confusão entre torcedores no dia do jogo.
As provocações começaram logo após o término da última rodada. Enquanto os Dragões empataram com o Sporting por 1 a 1, os Encarnados venceram a Estrela Amadora por 3 a 1. Como resposta, Jorge Pinto da Costa, presidente do Porto, distribuiu uma nota acusando o companheiro de Benfica, Luís Filipe Vieira, de atacá-lo publicamente por estar em campanha eleitoral e para desviar as atenções pelo início de temporada ruim de sua equipe.
O secretário de Estado português da juventude e do esporte, Laurentino Dias, interveio pedindo calma aos cartolas lusos. Nos últimos dias, as provocações deixaram o ambiente dos bastidores para voltar às quatro linhas. O Benfica reclama de favorecimento das arbitragens ao rival, incluindo um esquema de manipulação para suspender os melhores jogadores dos adversários do Porto.
– É normal que quem enfrente o Porto fique preocupado, pois na semana anterior é sempre alvo de cartões vermelhos e amarelos – disse o diretor-geral do Benfica, José Veiga, reclamando do cartão amarelo aplicado ao atacante italiano Miccoli, que o tirou da partida por ser o terceiro, e os outros 18 cartões aplicados pelo árbitro Carlos Xistra na última partida dos Encarnados. – Foi um hino à estupidez – acrescentou.
As discordâncias entre Porto e Benfica seguem até no sistema de venda de ingressos para o clássico, que será realizado no Estádio do Dragão, na Cidade do Porto. Os Encarnados pediram uma cota de bilhetes maior que o obrigado pelo regulamento, alegando que o campo do rival “só enche para ver o Benfica jogar”. Seja como for, os Dragões ainda não conseguiram vencer o clássico atuando em sua nova casa.
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