Nem mesmo o sempre modesto suíço Roger Federer consegue mais esconder sua superioridade no circuito mundial. Nesta terça, após sua estréia vitoriosa no Torneio da Basiléia, o tenista admitiu ser mesmo o melhor do mundo, mas tratou de contornar ao comentar sobre as possibilidades de já ser considerado o maior de todos os tempos.

– Bom, sou o melhor no momento – garantiu o tenista, após derrotar sem dificuldades o tcheco Thomas Zib por 6/1 e 6/2. – Na história ainda não dá para saber, a não ser que eu realmente quebre todos os recordes que estão aí. Mas ainda há um grande caminho a ser percorrido – completou ele, que nesta semana corre atrás de seu 11º título no ano e do 44º da carreira.

– Estou definitivamente numa fase espetacular e isso não dá para negar. Sinto que posso jogar uma partida sólida a qualquer momento e isso me deixa muito feliz – destacou Federer, dono de uma campanha de 83 vitórias e apenas cinco derrotas na temporada, quatro delas para o espanhol Rafael Nadal e uma para o britânico Andy Murray.

Ao contrário do que fez nos últimos anos, quando disputou menos torneios na fase final do calendário, Federer desta vez preferiu se dedicar ao máximo durante o mês de outubro e já acumula dois títulos (Tóquio e Madri). Na seqüência, luta pelos inéditos título na Basiléia, sua cidade natal, e no Masters Series de Paris, a partir da próxima semana.

Federer tem mantido desempenho de alto nível nos últimos três anos, quando acumulou 238 vitórias e apenas 15 derrotas. Ele igualou o recorde de Ivan Lendl ao conseguir mais de 80 vitórias em duas temporadas consecutivas, além de ter se tornado o primeiro da história a vencer mais de 10 títulos em três anos seguidos.

– Sei que você eventualmente chega a certo nível e não precisa mais mexer em nada no estilo de jogo. Há ainda pequenos detalhes que no final fazem grande diferença. Mas sinto que nos últimos anos me tornei um tenista muito mais consistente e com muito mais possibilidades em meu jogo – completou disse o suíço.

GAZETA PRESS