| 21/10/2006 16h56min
O último dia de disputas do Campeonato Mundial de Ginástica Artística, realizado em Aarhus, na Dinamarca, viu a equipe brasileira mais uma vez próxima da conquista de medalha. Mas o quarto lugar de Daiane dos Santos no solo deixou o país na nona posição geral, apenas com a prata obtida por Diego Hypolito, também no solo.
Ainda assim, o fato de os ginastas terem ficado próximos de posições melhores deixou a coordenadora da seleção brasileira, Eliane Martins, satisfeita. Para ela, o resultado final, com participações em várias finais e com a classificação das equipes para o Pré-Olímpico de 207, mostrou a evolução da ginástica no país.
– No geral, foi muito bom. Participamos em mais finais do que nas outras vezes, trouxemos a prata com o Diego, tivemos os quartos lugares da Laís (Souza, no salto) e da Daiane e o sétimo por equipes – relatou Martins, referindo-se ao feminino. – Foi além do que esperávamos e mostra que não dependemos mais de um só atleta.
Campeã mundial no aparelho em 2003, em Anaheim, Daiane entrou neste sábado disposta a provar que a oitava colocação na primeira fase poderia ser superada. E foi o que ela fez, ao melhorar em 0,375 sua nota e ficar com 15,425. Só não foi ao pódio porque a italiana Vanessa Ferrari tirou nota 0,025 melhor, com 15,450.
– Foi por muito pouco. A diferença foi de um árbitro que teve um conceito diferente. Mas ela aumentou bastante sua nota de partida, melhorou em 0,3 mesmo em uma série mais difícil e foi um passinho a mais que fez com que ela não ganhasse – lamentou a coordenadora da equipe. –Mas todos ficamos felizes. Foi uma apresentação muito boa – completou.
Na última sexta, Diego Hypolito também perdeu o ouro por 0,1 e colocou em dúvida os critérios dos juízes ao afirmar que se apresentou melhor que o romeno vencedor do ouro. Neste sábado, porém, Eliane Martins preferiu não entrar na polêmica.
– A chinesa (Fei Cheng) foi quase perfeita e a norte-americana (Jana Bieger) também. Não tem muito o que dizer.
Na final do solo deste sábado, Laís Souza ficou com o oitavo lugar e fechou sua melhor participação em Mundiais. Promessa da ginástica brasileira, foi a quinta na fase de classificação do individual geral e só não lutou pela medalha por ter sofrido contusão no pé após queda na final por equipes. Ainda assim, foi quarta colocada no salto.
O Brasil também teve destaque na final por equipes. O grupo formado ainda por Daniele Hypolito, Bruna Costa, Camila Comin e Juliana Santos terminou com a inédita sétima colocação, melhorando uma em relação ao Mundial de Melbourne, em 2005.
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