| 26/08/2002 16h32min
Um grupo de 16 grandes bancos internacionais prometeu nesta segunda, 26 de agosto, manter seu nível geral de negócios no Brasil, após encontro em Nova York com o presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, e o ministro da Fazenda, Pedro Malan. A medida pode ajudar a impulsionar a confiança dos mercados financeiros em relação ao Brasil, apesar da incerteza em relação às eleições presidenciais de outubro.
Os bancos afirmaram em comunicado estar comprometidos com o Brasil e seu programa econômico no longo prazo e prometeram manter seu nível geral de negócios no Brasil, incluindo as linhas de comércio exterior, mas não sinalizaram com a possibilidade de ampliar o atual volume de linhas disponível às empresas nacionais.
Fraga disse que a posição dos bancos é importante na recuperação da confiança, fortemente abalada nos últimos meses por temores de investidores em relação aos resultados eleitorais.
– Não esperamos que esse encontro seja uma solução por si só para todas as ansiedades lá fora – disse Fraga a repórteres, na sede do Federal Reserve (Fed) de Nova York, onde se realizou o encontro.
– Existe um nível de ansiedade substancial no ar – acrescentou ele.
As preocupações dos investidores de Wall Street em relação ao Brasil fizeram os títulos da dívida externa brasileira perder cerca de 20% do valor desde o início do ano. Nesse período, o real se desvalorizou pouco mais de 25% em relação ao dólar. Os investidores temem que o próximo presidente brasileiro possa decretar o calote da elevada dívida pública.
Os analistas econômicos não esperam mudanças estrondosas, mas, como disse o presidente do BC, Armínio Fraga, uma retomada gradual de oferta das linhas.
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